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IPG estuda recolha de biorresíduos na Cova da Beira

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Escrito por Jornal O INTERIOR

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está a realizar estudos para o desenvolvimento de sistemas de recolha seletiva de biorresíduos nos concelhos que integram a Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB).
O IPG adianta ter sido escolhido para realizar estudos municipais que irão permitir «o desenvolvimento de sistemas de recolha seletiva de biorresíduos: sobras de refeições, cascas de frutas e legumes, folhas e ervas do jardim». Os concelhos analisados foram Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso, onde as conclusões do estudo irão permitir «implementar eficazes sistemas de recolha de resíduos orgânicos», refere o Politécnico em comunicado.
A iniciativa é financiada pelo Fundo Ambiental e as versões preliminares dos estudos encontram-se disponíveis até julho, para consulta pública e para submissão de contributos que visem a melhoria dos documentos. «O projeto visa identificar estratégias e soluções eficazes para que cada município possa assegurar a separação e a reciclagem dos biorresíduos», afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG, no mesmo documento. Por sua vez, José Manuel Biscaia, secretário-geral da AMCB, justificou a escolha do IPG «pela reconhecida qualidade científica, pelo mais baixo custo e pela longa relação de confiança que existe entre as duas instituições».
«Os estudos elaborados irão trazer grandes vantagens para o planeamento intermunicipal, permitindo uma visão integrada sobre os biorresíduos, bem como a definição de estratégias de atuação – ao nível de equipamentos e transportes – que beneficiem a região», acrescentou. Pedro Rodrigues, docente responsável pelo Laboratório de Monitorização e Investigação Ambiental, é o coordenador do projeto, que «faz parte da estratégia europeia para diminuir a deposição de resíduos sólidos em aterros sanitários», disse.
Segundo o docente, a iniciativa permite «um salto qualitativo muito importante» em termos ambientais, uma vez que «os biorresíduos separados do lixo indiferenciado serão transformados em energia e/ou em composto orgânico para os solos». Os biorresíduos representam 37 por cento dos resíduos urbanos produzidos em Portugal, lembra o IPG. Ainda de acordo com a fonte, a diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho sobre os resíduos obriga os Estados Membros a fazerem a recolha seletiva de biorresíduos ou a sua separação e reciclagem na origem, a partir de 1 de janeiro de 2024.

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