A garantia foi deixada à deputada socialista eleita por Castelo Branco, Hortense Martins, que questionou o governante, numa audição na comissão de Economia, sobre a manutenção das faixas de gestão de combustíveis quer na parte rodoviária, quer na parte ferroviária. «Muitos foram os incêndios que tiveram como origem – por exemplo, na zona da Guarda -na parte ferroviária», advertiu a deputada, que considerou que estes trabalhos são fundamentais e não podem ficar esquecidos. Pedro Marques reconheceu que «algumas ignições vêm daí» e disse que este trabalho «é a primeira vez que se faz» e que «ainda não está concluído».
A deputada socialista questionou ainda o Governo sobre o ponto de situação da reconstrução de habitações afetadas pelos incêndios do último ano. «Isso é importante para, um ano depois, percebermos como foi notória a capacidade de mobilização do Governo para responder a uma necessidade absoluta», afirmou. Na resposta, o ministro falou em «esforço assinalável de reconstrução». «Das 1480 habitações afetadas, 1126 habitações estão em obra, o que corresponde a 100 por cento das habitações de junho e dois terços das habitações de outubro», revelou, lembrando que, em muitos destes casos, os proprietários responsabilizaram-se pela obra, cabendo ao Governo pagar. Hortense Martins chamou ainda a atenção para as comunicações no interior do país e em particular a necessidade de assegurar serviço público, quer na disponibilidade de telecomunicações moveis, quer para abanda larga. «Continuam a ser absolutamente necessárias não só para as pessoas, como para investimento da banda larga», afirmou, ligando esta questão aos Fundos de Coesão e ao Novo Quadro de Apoios de Fundos Comunitários Portugal 2030, relembrando a importância aí assumida para o digital. A deputada questionou ainda o Governo sobre a revisão do Plano de Coesão Territorial anunciado recentemente pelo primeiro ministro António Costa na Assembleia da República e a sua ligação ao Plano Nacional de Investimentos 2030 quanto à necessidade de aí assegurar as ligações transfronteiriças e o necessário reforço das condições de mobilidade, desta forma aludindo ao IC31 que ligará Portugal a Espanha.