Região

Governo autoriza 4,2 milhões de euros para projeto da ferrovia entre o Pocinho e Barca d’Alva

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Escrito por Efigénia Marques

O Governo autorizou a Infraestruturas de Portugal (IP) a avançar com o estudo prévio e projeto de execução da reativação da Linha do Douro, entre Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), numa despesa de 4,2 milhões de euros (mais IVA).
A respetiva portaria foi publicada na semana passada em “Diário da República” e permite a IP a proceder à repartição de encargos relativos ao contrato para a “Linha do Douro – Pocinho – Barca d’Alva – Estudo Prévio + Projeto de Execução”. O documento especifica que o procedimento tem um preço base de 4,2 milhões de euros, despesa à qual acresce o IVA à taxa legal em vigor, e que a repartição da despesa será feita entre 2024 e 2029. Com esta autorização, a IP pode avançar com o concurso público com vista à elaboração do estudo prévio e projeto de execução do projeto de reativação de 28 quilómetros entre as estações do Pocinho e Barca d’Alva. O troço está desativado desde 1988.
O procedimento já foi criticado por Carlos Condesso. Para o presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, a portaria «é uma desilusão para mim, enquanto autarca, para os autarcas da região e também para toda a população, porque não é mais do que atirar com areia para os olhos dos cidadãos deste território e também dos autarcas que estiveram em Freixo de Espada à Cinta a ouvir o anúncio, por parte do ex-ministro das Infraestruturas, de que no primeiro trimestre de 2023 iria ser lançado o concurso para o projeto». O edil figueirense lamenta que apenas seja feita a repartição dos encargos para um estudo prévio e o projeto de execução», procedimentos que não serão «para agora».
«Indignado» está também João Paulo Sousa. O autarca de Vila Nova de Foz Côa considera que «este estudo e o projeto de execução vão demorar seis anos, o que é muito tempo para a requalificação desta linha. Esta situação deixa-me completamente indignado, porque isto é sinal de que mais uma vez o Governo não dá prioridade ao interior», acusa. Na sua opinião, «esta falta de celeridade só vem demonstrar que não há vontade em resolver o problema desta ligação ferroviária».

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Efigénia Marques

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