Região

Figueirenses com acesso a cirurgias gratuitas às cataratas

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Escrito por Efigénia Marques

Protocolo com a Fundação Álvaro Carvalho foi aprovado na última reunião da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo com dois votos contra dos vereadores do PS

O executivo de Figueira de Castelo Rodrigo aprovou, na reunião de Câmara da passada quarta-feira, um protocolo na especialidade de oftalmologia entre o município e a Fundação Álvaro Carvalho que permitirá a realização de operações gratuitas às cataratas à população figueirense.
Trata-se de uma promessa eleitoral de Carlos Condesso, recém-eleito presidente da autarquia, para quem uma das funções do município é «a promoção do bem-estar da sua população, designadamente na área da saúde», pelo que este protocolo irá aumentar a qualidade de vida dos munícipes, sobretudo dos mais idosos. «Queremos que, após a operação, os cidadãos sejam mais autónomos», mas para isso os interessados terão de preencher alguns critérios, nomeadamente ser residentes no concelho. «A seleção e triagem será feita pelos médicos do Centro de Saúde, que encaminhará os doentes para a Câmara. Estamos em querer que este critério abrangerá a quase totalidade destes cidadãos. Outro é que os seus rendimentos não ultrapassem o salário mínimo nacional, mas confiamos que chegaremos ao maior número de cidadãos que necessitem destas cirurgias às cataratas porque quem tem rendimentos já se tratou em clínicas privadas», disse o edil a O INTERIOR.
O protocolo contempla ainda uma consulta com especialistas para confirmar a necessidade de cirurgia e posteriormente «quem necessitar será operado gratuitamente», beneficiando depois de «acompanhado permanente». O protocolo mereceu o voto contra dos dois vereadores do PS – Paulo Langrouva e Nelson Bolota. O antigo presidente da Câmara justificou a votação com o facto de não ter existido «um levantamento e um estudo mais exaustivo relativamente ao que se pretendia com esta medida, nomeadamente quantas pessoas seriam abrangidas, quando e qual o envelope financeiro gasto no protocolo». Paulo Langrouva também chamou a atenção para já existir um seguro de saúde municipal, cujo contrato poderia ser alterado com «as diligências necessárias, portanto não faz sentido criar um serviço desgarrado de uma estrutura já testada e validada», argumenta o socialista.
Até ao final do ano, Carlos Condesso prevê que seja possível realizar cerca de 30 cirurgias, sendo que os custos de cada operação são divididos, «50/50», entre o município e a Fundação Álvaro Carvalho.

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Efigénia Marques

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