O festival de arte urbana Wool foi reconhecido pelo Ministério da Cultura como Projeto de Interesse Cultural, revelou a organização do evento que decorre anualmente na Covilhã.
De acordo com a informação publicada nas redes sociais, o reconhecimento chegou «há semanas» e resulta de um pedido efetuado no primeiro semestre deste ano. Esta classificação garante ao Wool o enquadramento nas linhas de atuação do Ministério da Cultura no que diz respeito «à divulgação do património histórico, à divulgação e promoção das artes, à descentralização e internacionalização», adianta a organização. Por outro lado, o festival covilhanense passa também a integrar o regime de Mecenato Cultural, que resulta num conjunto de benefícios de natureza fiscal para as entidades que apoiarem a sua realização. No pedido efetuado à tutela, o Wool solicitou o reconhecimento porque a sua «missão de descentralização da cultura e de inclusão e coesão social e territorial através da Arte e da Cultura nunca estará concluída».
Criado por Lara Seixo Rodrigues, Pedro Seixo Rodrigues e Elisabet Carceller em 2010 para homenagear a história e identidade da Covilhã, o Wool já legou mais de meia centena de murais na zona histórica da “cidade-neve” e contou com a participação de dezenas de artistas urbanos que são hoje reconhecidos mundialmente, como Bordalo II, Add Fuel ou Mário Belém.