Um homem de 55 anos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) devido a suspeitas de atear um incêndio florestal que ocorreu ontem nas imediações da cidade de Castelo Branco.
Segundo comunicado enviado pela PJ «por volta da 1:00 hora da madrugada, o suspeito, usando chama direta, colocou um foco de incêndio em zona florestal povoada com pinheiros e mato, dentro de uma vasta mancha florestal», colocando em risco «a integridade física e a vida de pessoas, bem como habitações».
Na mesma nota é ainda referido que o fogo não teve proporções mais graves devido à «rápida intervenção dos bombeiros de Castelo Branco».
O detido será agora presente a primeiro interrogatório judicial, para que lhe sejam aplicadas as medidas de coacção adequadas.
Fogos no distrito de Castelo Branco sob investigação
As causas que originaram os incêndios deflagrados na Sertã e Vila de Rei, em Castelo Branco estão a ser investigadas. Em questão está a proximidade temporal com que se iniciaram os vários focos de incêndio.
Eduardo Cabrita, Ministro da Adminstração Interna, sublinhou durante uma conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide que, «há sim, apontado por todas as entidades no local, pelos autarcas, pelos comandantes de bombeiros, uma estranheza» relativamente ao facto de entre as 14:30 e as 15:30 se terem iniciado cinco incêndios de «dimensão significativa numa zona muito próxima».
De acordo com o site da Proteção Civil, pelas 15:20 horas de hoje estavam mobilizados 799 operacionais, 243 meios terrestres e 11 meios aéreos para combater o incêndio ainda ativo em Vila de Rei, que teve origem na localidade de Fundada e se propagou durante a noite até ao concelho de Mação, distrito de Santarém. Pelo menos 20 feridos foram registados no combate a este fogo até este momento, um deles com gravidade, que se encontra internado na unidade de queimados do Hospital de São José, em Lisboa.
Na Sertã os incêndios foram dados como dominados de madrugada, mas existem ainda quase cinco centenas de operacionais no terreno.
Os incêndios do distrito Castelo Branco que deflagraram ontem, dia 20 de julho, mobilizaram milhares de operacionais, que não tiveram tiveram mãos a medir no combate às chamas. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil viu-se forçada a pedir ajuda às Forças Armadas, que empenharam quatro máquinas de rasto, tripuladas por cinco militares cada, num total de 15 militares do exército e 5 da força aérea.
A União Europeia já se disponibilizou para ajudar Portugal nesta situação de emergência e está a produzir mapas satélite destes incêndios.