Região

Conselho Municipal de Educação contra fecho do jardim de infância de Loriga

Loriga Vista Geral
Escrito por Efigénia Marques

A Direção Regional de Educação do Centro (DREC) recomendou o fecho do jardim de infância de Loriga (Seia) no próximo ano lectivo por ter apenas cinco alunos.
No entanto, o Conselho Municipal de Educação discorda da decisão e aprovou por unanimidade a proposta de parecer da Câmara de Seia, que defende a manutenção daquele jardim de infância. «Pese embora a baixa frequência (cinco alunos), a autarquia discorda da proposta de extinção apresentada pela Delegação Regional de Educação do Centro porque aquele jardim de infância abrange uma área de influência pedagógica considerável, pois recebe as crianças das freguesias de Loriga, Alvôco da Serra, Teixeira e Vide, sendo que algumas estão a uma distância significativa com tempos de deslocação de 30 a 40 minutos, num território de montanha com estradas e acessos sinuosos», adiantou a autarquia em comunicado.
O município serrano acrescenta que a EB Dr. Reis Leitão, em Loriga, integra alunos do pré-escolar e do 1º ciclo, «dispondo de condições físicas de qualidade como refeitório, biblioteca, gimnodesportivo e instalações adequadas às atividades de enriquecimento curricular e a outros projetos desenvolvidos pela autarquia». Uma posição partilhada pelo presidente da Junta de Loriga. «Apesar de ter cinco alunos, é um de cada freguesia dos arredores – Loriga, Teixeira, Alvôco da Serra e Vide. Loriga dista de Seia 20 quilómetros e tem sido o “centro” do Sul do concelho», afirma José Manuel Pinto.
Além disso, na EB Dr. Reis Leitão funciona o ensino primário com «cerca de 30 alunos e todas as condições porque o edifício já teve o segundo e terceiro ciclos a funcionar», recorda o autarca. «Ninguém gosta que se fechem serviços públicos na nossa zona. O Governo fala na defesa do interior, mas depois estamos sempre com o coração nas mãos e com medo que nos fechem serviços essenciais», desabafa o presidente da Junta de Loriga, segundo o qual «quem está em Coimbra ou Lisboa não dá valor a estes infantários, que, apesar de terem poucos alunos, servem diversas freguesias».

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Efigénia Marques

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