Região

Casas do Côro chega ao Douro

Paulo Romão vai transformar antigas estações e casas de manutenção da Linha do Douro em unidades de alojamento turístico à beira rio

Paulo Romão, fundador das Casas do Côro em Marialva (Mêda), vai investir cerca de 1,4 milhões de euros na recuperação para alojamento local de quatro antigas casas de manutenção da linha ferroviária do Douro entre a estação do Côa e Almendra, no concelho de Vila Nova de Foz Côa. O projeto já começou com a transformação de uma delas em edifício de apoio de refeições para turistas dos passeiros de barco promovidos pelo empresário turístico.

«Queremos alargar a experiência das Casas do Côro num cenário diferente, único, num concelho com dois Patrimónios Mundiais e que está em destaque no mundo dos vinhos e do turismo fluvial», afirma o empresário guardense, que conta iniciar as obras nas restantes edificações, atualmente em ruínas, no final da Primavera. «O objetivo é funcionar no início de 2022, mas uma dessas casas poderá ficar disponível já no Verão deste ano», acredita Paulo Romão, que venceu a subconcessão dos quatro edifícios pelo período de 25 anos, renovável por mais dez anos, no âmbito do concurso realizado pela Infraestruturas de Portugal – Património. Atualmente, estão também a decorrer negociações com a Duorum para associar a estação de Castelo Melhor ao projeto «marítimo-turístico» das Casas do Côro.

Além da estação do Côa, que será transformada em unidade de alojamento, vão ser recuperadas mais duas casas a montante e a jusante, que serão autónomas e terão, no total, capacidade para 20 pessoas. «Estão vocacionadas para estadias prolongadas e cada uma vai dispor de um ancoradouro porque só estão acessíveis pelo rio. Pensamos que serão um bom destino de férias», considera o empresário, que não receia os efeitos da pandemia. «Estou sempre otimista, se não estivesse não estávamos neste momento a investir forte no Douro e em Marialva», sublinha. Na Aldeia Histórica, o empreendimento turístico está a celebrar 20 anos e a aposta passa pela requalificação das primeiras casas do projeto.

«Vamos partir o que começámos no início das Casas do Côro, cuja dinâmica não para, para alargar a experiência da estadia», declara Paulo Romão. O complexo possui atualmente 31 quartos e «todas as valências de qualquer hotel de cinco estrelas». A empresa dedica-se ainda à produção de vinho com uma vinha de 14 hectares em Marialva, aos passeios no Douro, bem como a outras experiências no território. Quanto ao futuro, o empresário só pede que sejam levantadas «paulatinamente» as restrições das viagens a nível internacional porque «o cliente estrangeiro é quem segura o nosso projeto e, pelo que ouvimos das agências com que trabalhamos, as pessoas estão “mortas” por recomeçar a viajar».

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Jornal O INTERIOR

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