A Câmara de Belmonte vai investir cerca de 600 mil euros na conservação e restauro da torre de Centum Cellas, no Colmeal da Torre, bem como na construção de um centro interpretativo daquela enigmática construção classificada como monumento nacional.
O projeto foi apresentado à ministra da Cultura, Graça Fonseca, no domingo, e aguarda parecer favorável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) para avançar. Liderada pelo município, na sequência de um protocolo com o Ministério da Cultura/ Direção Regional de Cultura do Centro, esta intervenção destina-se a valorizar o sítio arqueológico e a melhorar as condições de acessibilidade às ruínas, «quer em termos físicos, quer em termos intelectuais». Para tal, será criado um centro de interpretação na orla do monumento. A torre de Centum Cellas, de cronologia romana, remonta ao século I, tendo sido reconstruída no século III após sofrer um incêndio. A sua função permanece indefinida, mas as investigações mais recentes apontam para que seja «um vestígio da pars urbana de uma villa rural bastante extensa», refere a autarquia.
«A obra vai avançar rapidamente porque já temos financiamento garantido e é uma necessidade absoluta para aquele lugar enigmático. Só esperamos a luz verde da CCDR, que será uma questão de muito pouco tempo», afirma António Dias Rocha. O presidente da Câmara de Belmonte espera que o projeto a desenvolver em Centum Cellas esteja concluído «no próximo Verão» e que contribua para trazer «valor acrescentado à promoção e desenvolvimento do concelho». Já Graça Fonseca adiantou que a torre e a zona envolvente estão identificados como património «de intervenção prioritária» e a sua valorização e conservação terá uma comparticipação financeira de 475 mil euros.