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Batido novo recorde de visitantes no Museu do Côa

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Escrito por ointerior

Em 2024, museu e parque arqueológico receberam 125 mil pessoas, mas 7,5 por cento face a 2023

O Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa receberam este ano 125 mil visitantes, um aumento de 7,5 por cento face a 2023, revelou a presidente da Fundação Côa Parque.
«Em 2023 tivemos 116 mil visitantes, este ano, dado o número de reservas até ao final do ano, prevemos chegar às cerca de 125 mil visitas ao Museu do Côa e ao Parque Arqueológico», adiantou Aida Carvalho. Por razões de salvaguarda e proteção das gravuras rupestres, o Parque Arqueológico está limitado a um máximo 15 mil visitantes por ano. Isto faz com que seja no Museu do Côa que haja «espaço para crescer em escala e em número» de visitantes, sublinhou a responsável. Nesse sentido, a Fundação Côa Parque tem apostado nos últimos anos em mostras temporárias que têm vindo a mobilizar público e que, em 2025, terão continuidade com «uma grande exposição» dedicada a Nadir Afonso e Amadeo de Souza-Cardoso, prevista para o segundo semestre.
Desde 2022, exposições como “Mapas da Terra e do Tempo”, de Graça Morais, e “Paula Rego – Rutura e Continuidade”, que atingiu o número recorde de 60 mil visitantes em oito meses, têm vindo a mobilizar cada vez mais público para o Museu do Côa, num programa expositivo que contou ainda com “Um Raio Contornando a Poeira”, de Rui Horta Pereira, e em que se destacaram coletivas como “Faca na Pedra Olho Solar”, “Formas Feitas de Nevoeiro Vivo” e “Dark Safari”, dedicada à Coleção de Arte Contemporânea do Estado. Aida Carvalho destacou ainda as novas descobertas de pinturas pós paleolítico, que vieram provar a continuidade da ocupação humana deste território, desde o neolítico, ao longo de mais de 30 mil anos, e que também tem atraído «muitos visitantes».
«Esta variedade de oferta e as novas descobertas que contêm pinturas fez com que o Museu do Côa e o parque arqueológico tivessem registado uma afluência recorde de visitantes e investigadores. Outras das notas verificadas é que a revisitação a estes dois equipamentos foi igualmente reforçada», realça a presidente da Fundação Côa Parque. Para 2025, a responsável perspetiva um «ano muito promissor», com uma programação que não só vai incluir Nadir Afonso e Amadeo de Souza-Cardozo, mas também criar residências artísticas, com a finalidade de manter artistas no território e de promover o seu envolvimento com o ecossistema e toda a arte existente.
«Esta é uma forma de colocar na agenda internacional todas as atividades desenvolvidas em torno do Museu do Côa», considera Aida Carvalho. A investigação no Vale do Côa, com 30 bolsas de estudo em ambiente não académico, também vai prosseguir, esperando-se resultados em 2025. Recorde-se que Parque Arqueológico do Vale do Côa conta mais de mil rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 80 sítios distintos, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de 30 mil anos, o que faz deste local a maior galeria do mundo de arte do Paleolítico Superior, agora complementada com manifestações posteriores.

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