A Igreja Matriz de Vila Nova de Foz Coa, datada do século XVI, vai ser alvo de obras de conservação e restauro, no valor de 750 mil euros.
Estas obras resultam de um protocolo assinado entre a Câmara de Foz Côa e o Instituto Público do Património Cultural, assinado no final de 2024 e que entra agora em vigor. O templo está sinalizado para ser intervencionado desde 2011. «Este financiamento vai contribuir para a recuperação da talha dourada dos altares, bem como o teto da capela-mor e da nave, ou seja, todo o interior do templo [cristão] será objeto da intervenção», disse a vereadora com o pelouro da Cultura. De acordo com Ana Filipe, espera-se que o concurso para as obras de restauro e requalificação da Matriz de Vila Nova de Foz Côa seja lançado «até ao final de maio». O escurecimento da talha dourada e a desinfestação das madeiras que estão afetadas pela ação de térmitas (insetos) são as principais patologias que afetam a igreja fozcoense.
«O que nos preocupa mais, neste momento, é ação das térmitas que está a degradar as estruturas em madeira e tem de haver rapidamente um tratamento, para que todo o trabalho artístico em talha dourada seja valorizado e que deixou de ter brilho porque há muitos e muitos anos que não era intervencionado», adianta Ana Filipe. Está ainda prevista uma intervenção no sistema de iluminação interior, «já que há pouca luz neste espaço de culto». Segundo o município, a igreja matriz de Vila Nova de Foz Côa é de estilo manuelino e barroco, de planta retangular composta por três naves datada dos séculos XVI e que teve várias intervenções até ao século XVII, reconhecido como um dos exemplares de destaque da arquitetura religiosa da região do Alto Douro. É monumento nacional desde 1910.
Autarquia de Vila Nova de Foz Côa investe 750 mil euros na Igreja Matriz
