Região

ATN e ONGA espanhola colaboram para fazer regressar abutre negro

Abutre
Escrito por Efigénia Marques

A ATN (Associação Transumância e Natureza), sediada em Figueira de Castelo Rodrigo, está a trabalhar com a espanhola Fundación Naturaleza y Hombre (FNyH) para «solidificar» o regresso do abutre negro ao Vale do Côa e ao centro-oeste peninsular.
A espécie está classificada como vulnerável em Espanha e criticamente em perigo em Portugal, mas está novamente a expandir-se na zona transfronteiriça da Malcata, Douro Internacional e Arribes, onde já está a reproduzir-se. Há mais de uma década que as duas ONGA (Organização Não Governamental de Ambiente) têm vindo a dinamizar projetos de conservação nas Reservas Biológicas da Sierra de Gata e Campanarios de Azaba, do outro lado da fronteira, e na Faia Brava, em Portugal, numa área com mais de 2.000 hectares. Trata-se, nomeadamente, de proteger 40 ninhos de abutres negros e de fornecer alimentos substitutos a estas aves necrófagas.
Segundo os parceiros, estas ações resultaram no «alargamento» da espécie de Espanha a zonas de Portugal. «Os núcleos de grande entidade na parte espanhola (Reserva da Serra de Gata) como doadores, e os núcleos de pequena entidade em Portugal como destinatários (Reserva da Faia Brava), com o ponto estratégico de alimentação gerido pela FNyH no centro deste corredor (Campanarios de Azaba) e acordos nos arredores de Monfragüe, teceram a rede natural que, juntamente com as ações empreendidas, permitiu que o abutre negro se expandisse para Portugal, onde as zonas de Malcata (Vale do Côa) e Arribes já estão a reproduzir áreas da espécie», sublinham a ATN e a FNyH em comunicado enviado a O INTERIOR.

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Efigénia Marques

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