A 19ª edição do Cerco de Almeida terminou este domingo na antiga praça-forte fronteiriça. O evento juntou mais de 500 recriadores portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e alemães e atraiu alguns milhares de visitantes à vila raiana desde sexta-feira.
O cerco recorda a capitulação desta fortaleza abaluartada, construída nos séculos XVII e XVIII, a 28 de agosto de 1810, perante as tropas de Massena na terceira Invasão Francesa. Almeida era um sério obstáculo à progressão das tropas de Napoleão por ser capaz de suportar um cerco prolongado. O exército anglo-luso contava com o seu valor defensivo, pelo que a praça recebeu obras, reforços humanos e materiais para ganhar o tempo necessário para preparar as operações de defesa subsequentes, mas uma violentíssima explosão no seu paiol principal, a 26 de agosto de 1810, precipitou a sua capitulação.
A edição deste ano contou com diversas atividades histórico-militares, com destaque para o combate noturno no sábado, no revelim de Santo António, mas também um acampamento militar, diversas oficinais para famílias, momentos musicais, espetáculos de teatro, bem como um mercado e um baile oitocentista.
Na manhã deste domingo houve uma homenagem aos mortos no cerco de Almeida e mais combates na Porta de São Francisco, presenciados por centenas de pessoas.