Agosto ao ritmo das capeias arraianas no Sabugal

As capeias arraianas, inscritas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, estão de regresso a 13 localidades do concelho do Sabugal.
O programa teve início no passado domingo, na aldeia de Quadrazais (na foto). Seguem-se as localidades de Lageosa da Raia este sábado, Soito (dia 9), Rebolosa (dia 10), Nave (dia 14), Aldeia da Ponte e Aldeia do Bispo (dia 15) e Vale de Espinho (dia 16). No dia 17 os aficionados vão dividir-se entre Alfaiates e Ozendo e no dia 22 rumam aos Forcalhos, enquanto os Foios acolhem a penúltima capeia deste roteiro no dia seguinte. Como habitualmente, o calendário fecha a 25 de agosto em Aldeia Velha. Pelo meio acontece o festival “Ó Forcão Rapazes!”, que terá lugar no dia 20 na praça do Soito. Aqui, nove aldeias onde esta tradição está mais enraizada (Aldeia da Ponte, Aldeia do Bispo, Aldeia Velha, Alfaiates, Fóios, Forcalhos, Lageosa, Ozendo e Soito) vão medir forças e valentia.
Para o presidente da Câmara do Sabugal, os últimos dois anos «deixaram muita nostalgia» nas populações e «temos muita expetativa nesta programação, que é uma imagem de marca do concelho». Vítor Proença sente que há uma «grande euforia e um grande empenho» por parte das comissões de festas, das mordomias e das Juntas de Freguesia, sublinhando que a realização das capeias é aguardada com «muita ansiedade». «Estamos a contar com uma afluência muito grande para ver uma manifestação cultural com tradição neste concelho raiano», garante o autarca, segundo o qual
«muitos emigrantes vêm nesta altura do ano propositadamente para assistirem e participarem nestas atividades».
Durante este mês de agosto quem beneficia é o comércio e o sector económico local porque as capeias «deixam no território um valor muito considerável. Há muitos negócios que estão à espera deste mês para, claramente, aguentarem a época mais baixa, no Inverno», admite Vítor Proença. Nesse sentido, o edil adianta que o município está a preparar um estudo sobre o impacto económico-financeiro que estes eventos têm no território, com o objetivo de «obter dados concretos para percebermos em que aspetos podemos melhorar».