A abolição das portagens nas antigas SCUT (vias sem custos para o utilizador), como a A23 e A25, são um «facto consumado», para o ministro das Infraestruturas.
Segundo Miguel Pinto Luz, «é claro que o Governo vai cumprir aquilo que foi decidido pela Assembleia da República, em democracia é assim que tem de ser, não há outra forma de o fazer». Em declarações a O INTERIOR, o governante lembrou que o Executivo de Luís Montenegro «sinalizou que não esteve de acordo com a solução», mas acrescentou que no Orçamento de Estado para 2025 já estão previstas «as verbas a canalizar para a Infraestruturas de Portugal pela perda de receita», portanto, o assunto está encerrado. Há um mês, na Assembleia da República, o mesmo ministro classificou a abolição de portagens nas autoestradas do interior e sem vias alternativas como «injusta e mal pensada». Na altura, anunciou a intenção de realizar um estudo nacional sobre todas as portagens, sem indicar uma data ou a entidade responsável pelo estudo.
Segundo Miguel Pinto Luz, o fim das portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador, que entrará em vigor em janeiro, «custará ao Estado cerca de 180 milhões de euros anuais em perda de receita», sendo que entre 20 a 25 por cento dos veículos que circulam nessas vias «são estrangeiros». A isenção abrange, entre outras, as vias do interior do país, com ligações à fronteira.