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2023, um ano para esquecer – Abril

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Escrito por Luís Martins

Muito pouco do que contávamos que acontecesse acabou por não se concretizar na Guarda e na região no ano que está a chegar ao fim. 2023 foi um ano perdido de expetativas, durante o qual a resiliência dos seus habitantes foi mais uma vez posta à prova. Com 2024 já no horizonte sobram as preocupações quanto ao futuro de uma região sem investimentos reformistas e mobilizadores.

Abril

A Câmara da Guarda adjudicou por 91.653 euros o restauro da locomotiva CP 294 que vai ser instalada na rotunda junto ao Parque Urbano do Rio Diz, o que ainda não aconteceu. O guardense Armindo Monteiro passou a ser o “patrão dos patrões” ao ser eleito presidente da CIP-Confederação Empresarial de Portugal. Localmente, Acácio Pereira foi escolhido para liderar a estrutura distrital da SEDES e o Centro para a Inovação e Economia Social, que junta vários parceiros de Portugal e Espanha, abriu portas na Guarda com 10 milhões de euros de financiamento. Já Carlos Chaves Monteiro recusou a Medalha de Honra da Cidade, grau ouro, que a Câmara da Guarda decidiu atribuir a todos os antigos presidentes da autarquia e da Assembleia Municipal. Motivo: não haver razões para ser distinguido. A Serra da Estrela tem, pela primeira vez, um plano integrado de combate a incêndios que conta com 423 elementos, três centros de meios aéreos e mais cinco locais de pré-posicionamento de operacionais no maciço central. Em Manteigas, a estrada ER338, de ligação da vila aos Piornos e à Torre, continuava fechada após as derrocadas de dezembro de 2022. O INTERIOR entrevistou Delgado Fonseca, um capitão de Abril que fez a revolução no Porto e afirmou que «foi mais fácil fazer a revolução do que preparar a democracia em Portugal». As comemorações dos 75 anos da Rádio Altitude, a rádio local mais antiga do país, começaram este mês com um sarau cultural no TMG, em que se recordou a revolução através da poesia, música e de uma tertúlia. Abril chegou ao fim com a assinatura de uma parceria intermunicipal para construir a “Estrada Verde” entre a Guarda, Celorico da Beira e Gouveia. Mas o grande destaque foi a condenação a pena de prisão suspensa dos autarcas Álvaro Amaro – que acabou por renunciar ao mandato de eurodeputado –, Luís Tadeu e, a prisão efetiva, de Júlio Sarmento por corrupção passiva para ato ilícito e prevaricação no caso das parcerias público-privadas do Grupo MRG. O Tribunal da Guarda também condenou o empresário Fernando Gouveia e a sogra de Sarmento, Josefina Torres. Todos os arguidos recorreram da sentença.

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Luís Martins

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