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«Vale a pena apostar na compra dos vinhos de Pinhel porque têm certificado de qualidade»

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Escrito por Efigénia Marques

Após atravessar uma pandemia é tempo da Adega Cooperativa de Pinhel enfrentar as consequências da guerra da Ucrânia, juntamente com as condições meteorológicas que se fazem sentir nos últimos tempos.
Agostinho Monteiro, presidente da cooperativa, revela que apesar de ter tido algumas dificuldades, nomeadamente com a ausência de funcionários devido a isolamentos por Covid-19, «passámos bem a pandemia. Em relação à guerra já não posso dizer o mesmo porque desde que começou os mercados entraram em depressão. Ou seja, ninguém quer assumir contratos muito grandes porque ninguém sabe o que pode acontecer». A juntar à incerteza dos tempos que se vivem os custos de produção também sofreram alterações: «Na vinha não diria que duplicaram, mas aumentaram significativamente. Desde que começou a guerra o preço dos adubos começou a disparar e aumentou 200 por cento. No combustível, mais especificamente no gasóleo agrícola, acho que o Governo tem que tomar medidas e fixar um preço máximo porque os agricultores não podem estar dependentes de variáveis tão voláteis», reivindica o gestor vitivinícola.
«A indústria também sofre com isso. O vidro subiu muito, o papel duplicou o preço e os sacos que usamos na “bag in box” já subiram 30 por cento. Há aqui um conjunto de fatores que têm condicionado negativamente os mercados dos vinhos e acho que vai ser um ano difícil para os agricultores», lamenta Agostinho Monteiro. Mas apesar destes percalços, a Adega de Pinhel tem vindo a destacar-se a nível nacional e internacional, tendo conquistado duas medalhas no 15º Concurso de Vinhos da Beira Interior. O DOC Beira Interior Grande Escolha – Síria – Branco 2021 ganhou uma medalha de ouro no concurso que contou com a avaliação de 17 especialistas na área. Já o DOC Beira Interior Premium Celebração dos 250 Anos – Tinto 2018 foi premiado com uma medalha de prata. Por terras espanholas a Cooperativa de Pinhel conquistou uma medalha de ouro no concurso ibérico de vinhos “Premios Mezquita”.
Agostinho Monteiro afirma que a participação em concursos e a sua certificação é sinal que «vale a pena apostar na compra dos vinhos de Pinhel, que têm esse certificado de qualidade, e, por outro lado, acho que quando se compra um vinho certificado, mais do que um produto medalhado, estamos a comprar algo que foi avaliado por alguém especialista na área que lhe reconheceu alguma qualidade. É evidente que o palato é subjetivo, mas a verdade é que estamos a beber um produto que foi avaliado em júri anónimo e, simultaneamente, em júri com pessoas especializadas no assunto», reforça o responsável.
A Adega Cooperativa de Pinhel, que mudou alguns elementos da direção no início de 2022, tem grandes ambições para o futuro. A curto prazo e apesar da seca extrema que se faz sentir em Portugal, Agostinho Monteiro não tem grandes expetativas quanto à campanha que se aproxima, porém, a nível quantitativo e qualificativo, estará semelhante à do ano passado. São esperados cerca de 18 milhões de quilos de uvas, o que equivale a cerca de 14 milhões de litros de vinho. Uma das linhas orientadoras que a nova direção quer transmitir aos associados é que «quantidade não é sinónimo de qualidade», isto para que os vinhos produzidos no concelho consigam ser ainda mais competitivos. Para tal, a cooperativa pinhelense deixou de aceitar novos associados e, «a não ser por herança, a permuta de ações». O presidente da direção explica que o objetivo da medida é «conseguir estabilizar e não crescer de forma desorganizada».
A nível logístico, a Adega está a fazer um investimento que ronda os 900 mil euros para instalar mais cinco cubas de fermentação «de 140 mil quilos cada, o que nos vai permitir responder a nível de fermentação a mais de três milhões de quilos de uvas», refere o dirigente. A modernização da instituição é outra prioridade e está a ser feita com «os melhores equipamentos» «Toda a fermentação vai ser feita com controlo de temperatura e também com equipamentos modernos, de forma a que a resposta que viermos a dar possa não ser em quantidade total, mas em qualidade, que tem que ser muito boa», assegura Agostinho Monteiro.

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Efigénia Marques

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