Política

Rui Rio quer eleger segundo deputado na Guarda

Rio
Escrito por Efigénia Marques

Numa arruada pelo centro da cidade, líder do PSD recebeu carta sobre o hospital e ouviu palavras de confiança na vitória no dia 30, mas não se comprometeu com promessas

Rui Rio veio à Guarda apelar à eleição do segundo deputado pelo distrito, perdido em 2019, mas não se comprometeu com promessas. Na manhã da passada quarta-feira, o líder do PSD participou numa longa arruada, animada pelo acordeonista Ângelo Brás e pelas palavras de confiança ouvidas ao longo do percurso, entre a Praça Velha e o Jardim José de Lemos, passando junto aos Paços do Concelho.
Na comitiva, além dos candidatos Gustavo Duarte, João Prata e demais elementos da lista. marcaram presença Álvaro Amaro, Carlos Peixoto, Rui Ventura e Carlos Condesso, apoiantes de Paulo Rangel nas últimas diretas, bem como Chaves Monteiro, autarca derrotado na corrida à Câmara da Guarda. Já elementos do movimento cívico “A Saúde não se aGuarda” entregaram a Rui Rio uma carta, cujo teor se desconhece, em que denunciam «muitas coisas que se passam no hospital» e pediram para serem ouvidos «depois destas eleições». Falou ainda com Fernando Carvalho Rodrigues, que lhe desejou «facilidades» nestas legislativas, antes de dizer aos jornalistas que «as razões da carta são os indicadores muito maus do Hospital da Guarda», que «se destaca por ser dos piores» em termos de indicadores da Saúde.
Durante a arruada, o presidente do PSD foi recebendo sinais de confiança de populares que ia cumprimentando, a quem foi garantindo que «só prometo o que posso fazer, senão dá barraca». Pelo caminho foi também ouvindo pedidos de apoio para os pequenos agricultores e de um compromisso para «cortar as gorduras do Estado», desde logo nos «salários dos políticos». Já aos jornalistas disse acreditar é possível ganhar ao PS na Guarda e que «vamos recuperar um deputado que perdemos, só temos um, estou convencido que vamos conseguir recuperar o segundo deputado». Rui Rio reiterou não ter atualmente «nenhuma razão de queixa» do partido, que «está todo unido e acredita na vitória de 30 de janeiro».
E nem a derrota nas últimas autárquicas – em que o PSD perdeu a Câmara para o ex-dirigente social-democrata Sérgio Costa, que concorreu como independente após ser preterido pelas estruturas do partido – parece abalar a confiança. Na sua opinião, são «eleições distintas» e as pessoas sabem fazer a distinção, pelo que confia que nas legislativas vai «ser deferente». Quanto à opção de grande parte das iniciativas de campanha do PSD passarem por contactos com a população e comércio local, Rui Rio justificou que é a melhor forma de chegar «ao maior número de pessoas», mais do que com visitas a empresas. Incontornável tem sido mesmo uma paragem na “Tasquinha”, casa de pasto da Rua Infante D. Henrique, junto à Câmara Municipal, de onde levou ovos verdes. Quanto à autarquia, o líder social-democrata passou e andou sem demoras.

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Efigénia Marques

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