Política

Rui Rio desvaloriza candidatura de Sérgio Costa

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Escrito por Jornal O INTERIOR

De passagem pela Guarda na sexta-feira, líder social-democrata manifestou «confiança absoluta» em Carlos Chaves Monteiro

Rui Rio reitera que a escolha do candidato do PSD na Guarda é «legítima» e que Carlos Chaves Monteiro, atual presidente da Câmara, teve o apoio «das Comissões Políticas Distrital e Nacional», pelo que a decisão «é inequívoca».
Entretanto, soube-se esta semana que três militantes enviaram ao Conselho Nacional de Jurisdição um pedido de averiguação da legalidade da escolha de Carlos Chaves Monteiro. A decisão daquele órgão deverá ser conhecida até ao final do mês. De passagem pela cidade mais alta na passada sexta-feira, onde visitou empresas e participou no Conselho Nacional do partido, o presidente do PSD deixou claro que «a desunião não ajuda nada, a união ajuda mais, mas há desuniões e desuniões e, pelas informações que tenho, o peso eleitoral do anterior presidente da concelhia é muito escasso e aparentemente não influencia assim tanto o resultado como se possa pensar». Em declarações exclusivas a O INTERIOR, Rui Rio acrescentou que neste caso foi preciso «gerir ambições pessoais», mas «é para isso que está a comissão autárquica, para escolher os melhores candidatos e por de lado aquilo que são meras ambições pessoais». O líder social-democrata garantiu também que a situação na Guarda não é única no partido e no país. «Em todos os partidos há sempre concelhos onde há quem queira ser candidato, mas só pode ser um», afirmou.
Polémica à parte, o objetivo de Rui Rio nas próximas autárquicas é conseguir o maior número de municípios. Estas eleições têm «importância acrescida», assumiu o líder social-democrata, que lembrou que, durante três eleições seguidas, o PSD tem vindo a perder presidentes de câmara, vereadores, assembleias municipais e juntas de freguesia. «Temos de virar o que tem vindo a acontecer nos últimos 12, e em particular, nos últimos oito anos», desafiou na apresentação dos candidatos no distrito da Guarda, que teve lugar no TMG. Na Guarda, o dirigente assumiu também o objetivo do partido continuar a liderar o município local, tendo manifestado «confiança absoluta» em Carlos Chaves Monteiro. «Temos aqui o homem certo, que tem o apoio da distrital, que tem o apoio da nacional e que tem o apoio dos militantes e que vai ter, seguramente, o apoio de todos os habitantes da Guarda», declarou.
Uma confiança que estendeu a todos os candidatos no distrito, onde o objetivo é ter mais autarquias e eleitos – atualmente são sete presidências de Câmara (6 do PS) e 116 Juntas de Freguesia (77). Em nome de todos, Carlos Chaves Monteiro garantiu o empenho de todos para contribuírem para tornar o território mais «desenvolvido e mais competitivo», tendo destacado que o PSD tem «o melhor grupo de combate» para o «desafio» das próximas autárquicas. Já Carlos Condesso, presidente da Distrital, revelou que o objetivo é ganhar «o maior número de Câmaras, eleger o maior número de vereadores, de presidentes de Junta e de membros das Assembleias Municipais» e sobretudo «recuperar» alguns dos municípios liderados pelos socialistas.
Na lista do PSD no distrito da Guarda estão os atuais presidentes das Câmaras de Almeida (António Machado), Celorico da Beira (Carlos Ascensão), Gouveia (Luís Tadeu), Guarda (Carlos Chaves Monteiro) e Pinhel (Rui Ventura).
Juntam-se-lhes ainda Vítor Proença (Sabugal) e João Paulo Sousa (Vila Nova de Foz Côa), atuais vice-presidentes das respetivas Câmaras.
A lista conta igualmente com Fernando Andrade (Aguiar da Beira), Carlos Condesso (Figueira de Castelo Rodrigo), Joaquina Domingues (Fornos de Algodres), Nuno Soares (Manteigas), João Mourato (Mêda), Luís Caetano (Seia) e João Carvalho (Trancoso).

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