Política

PSD apanhado de surpresa com cancelamento da FIT

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Escrito por Efigénia Marques

Carlos Chaves Monteiro, vereador do PSD, convocou uma conferência de imprensa esta terça-feira, na sequência do anúncio do presidente da Câmara da Guarda da não realização da FIT – Feira Ibérica de Turismo.
Confrontado pela decisão, o social-democrata começou por dizer que foi apanhado de surpresa, uma vez que o assunto não foi abordado na reunião quinzenal do executivo realizada na véspera. «Se fôssemos governo cumpriríamos um projeto desta natureza e importância e íamos realizar a FIT», garantiu, afirmando que o atual presidente da Câmara se «refugiou no silêncio» ao não justificar a opção ao executivo. Isto porque Sérgio Costa revelou a não realização da FIT à margem da reunião, já no final do “briefing” com os jornalistas. Chaves Monteiro contesta e diz que «era na reunião de Câmara que o presidente devia ter debatido a sua intenção», considerando que «o presidente demonstra esses laivos de autoritarismo, uma vez que usa a bandeira da democracia, mas depois não a pratica dentro da Câmara».
Inicialmente, estava previsto realizar a Feira Ibérica de Turismo entre 28 de abril e 1 de maio: «Não custaria 1,1 milhões de euros. O valor da tenda ronda os 400 mil euros, mais 200 ou 300 mil euros de custos de contexto. Portanto, o presidente da Câmara está a refugiar-se em argumentos que não são verdadeiros», denuncia Chaves Monteiro para concluir que Sérgio Costa «assume medidas que não promovem o desenvolvimento do território». Tanto assim que já tinham sido feitos panfletos publicitários a propósito do certame, que os sociais-democratas exibiram na conferência de imprensa. Na mesma sessão, João Correia, líder do grupo parlamentar do PSD na Assembleia Municipal, revelou que «foi com surpresa que ouvimos o anúncio de que não se realizaria a FIT», um evento que «assumiu uma importância capital para a cidade e para o distrito».
«Foi com surpresa, ou se calhar não, porque tem havido outros acontecimentos, outros cancelamentos, outras revisões e dá-nos a impressão que o presidente da Câmara tem alguma dificuldade em realizar o que de bom se fazia no concelho. Falta de equipa, falta de coragem, receio de comparações… Por certo não é por falta de dinheiro», acrescentou o deputado municipal.

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Efigénia Marques

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