Política

«Os guardenses sabem com quem estão a lidar e sabem também com quem lidaram antes de 2013»

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Escrito por Jornal O INTERIOR

Carlos Chaves Monteiro responde às críticas de Luís Couto, candidato do PS à Câmara da Guarda

Carlos Chaves Monteiro não se sente «timoneiro de um barco à deriva», a imagem utilizada por Luís Couto na apresentação da sua candidatura à Câmara da Guarda pelo PS.
Há quinze dias o independente não se poupou a críticas e indiretas ao social-democrata (ver edição anterior), que vai concorrer pela primeira vez a presidente do município depois da saída de Álvaro Amaro. No final da reunião de Câmara, na passada segunda-feira, confrontado por O INTERIOR, o presidente declinou a crítica e respondeu dizendo que se sente «o responsável por conduzir os destinos da Guarda – espero também a partir das próximas autárquicas – porque encabeço o melhor projeto para defender a cidade e o concelho, mas, acima de tudo, para não cometer os erros que o partido que apoia Luís Couto cometeu e que nós reparámos e que ainda hoje estamos a pagar». Segundo Chaves Monteiro, a maioria social-democrata eleita em 2013 e 2019 conseguiu dar «nova dinâmica, criar riqueza e investimento» no território. «Não queremos comparar com oito anos de uma política governativa de sucesso com uma alternativa que, nem de longe nem de perto, não conhece o território, as ações que o município desenvolveu e, olhando para o futuro, não tem os projetos adequados para dar resposta a uma Guarda do século XXI», considerou.
Chaves Monteiro disse-se também «tranquilo» com as próximas autárquicas tendo em conta «o trabalho que se fez e principalmente pela solidez com que o fizemos»: «Queremos apostar num futuro em que a qualidade de vida seja reforçada, que o rendimento per capita seja aumentado e em que as empresas criem mais emprego. Estamos nesse caminho, de sucesso, ambição, de desenvolvimento que o PS ou a candidatura que apoia alguma vez possa assumir pelo seu passado trágico na Guarda. Seria um retrocesso muito grande os socialistas regressarem ao poder», sublinhou o candidato do PSD. Na sua opinião, o PS «não apresentou nenhuma ideia nova, só disse mal daquilo que fizemos bem, o que demonstra um desvio grande entre a ação e a perceção da realidade. O PS não esteve atento, não participou e não conhece. E não podemos entregar os destinos da Guarda a alguém que não conhece a sua terra e os projetos que são mobilizadores», criticou Chaves Monteiro.
O presidente da Câmara também lamentou o facto de Luís Couto ter feito referência a trabalhadores do município terem medo, contrapondo que «o PS é bom a criar narrativas para ver se tem razão, mas demonstra – era importante que demonstrasse aquilo que diz e não atirasse falácias para os olhos das pessoas». De resto, o autarca candidato lembra neste mandato «mais de 80 funcionários foram requalificados» e foi aprovada na segunda-feira a atribuição de um subsídio de penosidade. «Integramos ainda os trabalhadores das empresas municipais Culturguarda e Guarda Cidade Desporto, os mesmos que na governação do PS iam ser despedidos», recordou, adiantando que quem saiu dos quadros da autarquia fê-lo por aposentação ou por interesses profissionais ou familiares.
Chaves Monteiro voltou também a lembrar que, em 2013, a Câmara tinha 7,3 milhões de euros de fundos negativos disponíveis, o que implicava que «para gastarmos 1 euro tínhamos que pagar 7,3 milhões. Foi essa a herança que o PS nos deixou e que só conseguimos recuperar ao fim de três anos», sentenciou o edil. «As pessoas sabem com quem estão a lidar e sabem também com quem lidaram antes de 2013. Com certeza que no futuro não vão querer correr riscos», afirmou o social-democrata, que vai anunciar a sua candidatura ainda este mês.

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