Agostinho Gonçalves deixou a liderança da bancada do PS na última Assembleia Municipal da Guarda, que decorreu na passada quinta-feira.
O atual presidente da concelhia tinha rendido Joaquim Carreira há um ano e foi substituído por António Monteirinho, mantendo-se por enquanto como deputado. Agostinho Gonçalves invocou «motivos pessoais» para esta decisão, mas à mesma não terá sido alheia as convulsões e demissões ocorridas nos últimos meses no seio dos socialistas da Guarda.
Quem renunciou definitivamente ao mandato na AM foi o independente Hugo Carvalho. Eleito pelo PS, o gestor tem sido uma das vozes mais inquisidoras e críticas da gestão social-democrata na Câmara. O ex-deputado explica a saída com o «profundo desacordo» em relação às listas do PS às legislativas na Guarda e porque «a direção da campanha não teve a sensibilidade, nem o interesse, de ouvir os eleitos locais do PS no concelho». Hugo Carvalho queixa-se ainda do «constante clima de guerrilha» interna e disse não acreditar que, perante o atual estado do partido na Guarda, «exista algum interesse em defender os interesses dos guardenses». Na sua opinião, o que haverá é «uma clara intenção de abrir caminho para incompetentes e oportunistas».