Política

Lista do PS na Guarda votada lugar a lugar

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Escrito por Luís Martins

Ana Mendes Godinho, António Monteirinho e Cristina Sousa são, por esta ordem, os três primeiros candidatos pelo círculo da Guarda às eleições de 30 de janeiro

Desta vez, a Federação do PS da Guarda inovou na forma como escolheu os candidatos a deputados, cuja lista resultou de uma votação, lugar a lugar, realizada na sexta-feira na Comissão Política Distrital (CPD). O método, que incluiu a seriação de dois nomes para cada posição, não sofreu contestação e o resultado acabou por legitimar as escolhas enviadas para Lisboa, que não mexeu na lista novamente liderada por Ana Mendes Godinho, atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
António Monteirinho, presidente da concelhia da Guarda – a maior do distrito, e Cristina Sousa, deputada cessante e presidente da Assembleia Municipal de Seia, são os candidatos efetivos em segundo e terceiro lugar, respetivamente. Como suplentes seguem, por esta ordem, Paulo Langrouva, ex-autarca de Figueira de Castelo Rodrigo; Júlia Bogas, dirigente sindical do Sabugal (em representação da Federação das Mulheres Socialistas) e Jorge Rafael, oriundo de Seia e presidente da Federação Distrital da Juventude Socialista. O sistema de votação usado ditou o afastamento de Santinho Pacheco, largamente derrotado por Monteirinho para segundo, e de Carlos Filipe Camelo, ex-autarca de Seia, cuja concelhia tem dois representantes, facto inédito.
Para Alexandre Lote, presidente da Federação guardense, «quando os cidadãos exigem mais transparência e democraticidade na escolha dos seus representantes nos diversos órgãos de poder, não fazia sentido a metodologia adotada no passado, que sempre critiquei e se resumia à vontade do presidente da Federação fazer uma lista, que depois era aprovada no Secretaria e posteriormente pela CPD sem que houvesse possibilidade de poder ser alterada». Para o dirigente, este foi um processo «exemplar» porque permitiu aos militantes candidatarem-se a determinado lugar da lista, tendo o Secretariado feito a seriação das candidaturas «até chegar aos dois melhores colocados» para cada um. «Foi um método talvez inovador e que reforça a qualidade da lista votada por 69 militantes de todos o distrito, tornando praticamente impossível que fosse alterada em Lisboa», afirmou a O INTERIOR.
Alexandre Lote considera que com estes nomes o PS tem condições para ganhar no distrito e reeleger dois deputados, tal como em 2019. O mesmo acredita António Monteirinho, atual vogal do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que realça o «processo transparente, democrático, há até quem diga que foi exemplar», para a escolha dos candidatos. «Andou bem a Federação quando instituiu esta solução que mais de 90 por cento dos elementos da CPD aprovaram», aponta o líder da concelhia guardense, para quem os socialistas apresentam uma lista «renovada em mais de 65 por cento». «A seriação constituiu um marco histórico em termos democráticos e é uma lição para o PSD, que sai fragilizado da decisão de afastar os críticos» da liderança de Rui Rio, afirma António Monteirinho.

 

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