O presidente da Distrital do CDS-PP de Castelo Branco e também da concelhia da Covilhã, João Vasco Caldeira, demitiu-se dos dois cargos e pediu a desfiliação do partido.
«Tomei esta decisão porque o partido em que entrei pelo meu pé e no qual me filei neste momento já não existe. Não existe o CDS da direita plural, existe um CDS balcanizado com uma corrente que, pura e simplesmente, censura todas as opiniões divergentes e que indica a porta de saída a quem não pensa da mesma forma», justificou o dirigente.
Eleito em setembro de 2020, João Vasco Caldeira critica a decisão de adiar o congresso eletivo, que estava marcado para 27 e 28 de novembro, e considera que se trata de «suspensão da democracia interna», que não permite pacificar o partido e que põe em causa a possibilidade de resgatar o CDS-PP.
Entre as razões para sair, aponta ainda o tratamento que é dado aos militantes que não concordam com a atual direção, os quais são, segundo diz, apelidados de «terroristas». Os restantes elementos da comissão política distrital do CDS-PP mantêm-se em funções, o mesmo já não acontece na comissão política concelhia da Covilhã, que se demitiu em bloco, cabendo agora à direção nacional decidir o que fazer.