Política

Júlio Santos sem adversários no PSD da Guarda

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Escrito por Efigénia Marques

Eleições estão marcadas para sábado, mas prazo de apresentação de candidaturas termina esta quarta-feira, não sendo previsível que outro candidato avance

Júlio Santos deverá ser candidato único à liderança da concelhia da Guarda do PSD. O prazo para apresentação de listas termina à meia-noite desta quarta-feira, não sendo previsível que outro candidato avance. As eleições estão agendadas para sábado, das 14 às 19 horas. Há 228 militantes com capacidade eleitoral.
«Nunca virei as costas ao partido, não era agora que o faria», assume o candidato, que concorre pela terceira vez à presidência da secção local dos sociais-democratas. Perdeu nas duas anteriores, frente a Tiago Gonçalves (2017) e a Sérgio Costa em 2019. Desta vez, Júlio Santos acredita que não terá adversários, mas ressalva que «qualquer militante pode fazer lista», pelo que só na quinta-feira «se verá». Pela sua parte, garante que «tudo fez para haver uma lista única e unir as diferentes sensibilidades» existentes na concelhia. Da sua lista fazem parte Nuno Isidro, Sónia Cabral Marques, Diogo Crespo Loureiro e Luís Filipe Soares, enquanto Fernando Madeira, Graça Sousa e Miguel Cação concorrem à mesa do plenário de secção.
A concelhia guardense, a maior do distrito, está sem liderança desde maio de 2021, quando Sérgio Costa se demitiu da presidência para concorrer como independente à Câmara. Dessa direção apenas permaneceu em funções o presidente da mesa da assembleia de secção, Pedro Nobre. Dez meses depois e com a derrota autárquica ainda bem viva, os sociais-democratas vivem dias de crise e estão à procura de um novo rumo, agora na oposição a Sérgio Costa. Carlos Chaves Monteiro, ex-autarca da Câmara da Guarda, ponderou candidatar-se, mas acabou por não avançar por considerar «não haver uma série de condições e circunstâncias favoráveis».
Também o nome de Luís Aragão chegou a ser avançado, mas o antigo dirigente não irá a votos: «Quem for tem de perceber que tem dois anos de travessia do deserto, a lutar contra o estado de graça de Sérgio Costa»», justifica. O engenheiro civil espera do próximo líder que saiba desenvolver «um trabalho construtivo em termos de oposição e que apresente propostas construtivas para o bem de todos e do município». Um papel que não vê assumido por Chaves Monteiro: «Não percebo como é que alguém que perdeu, e bem, um ato eleitoral tenha querido assumir cargos no partido por puro revanchismo. Se o conseguisse, seria usar o partido para objetivos próprios», criticou.
Luís Aragão considera que o próximo presidente do PSD da Guarda vai ter um «papel ingrato», pois terá que terá que «se fingir de morto» nos próximos dois anos. «Depois logo se verá», acrescenta, considerando «impossível» trazer Sérgio Costa para o PSD neste momento tendo em conta «as condições» que o Governo está a proporcionar à Guarda.

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Efigénia Marques

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