Política

Derrota histórica do PS na Guarda

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Escrito por Efigénia Marques

Luís Couto é outro grande derrotado da noite eleitoral. O independente, que liderou a lista do PS à Câmara da Guarda, não convenceu e só conseguiu eleger um vereador, tendo obtido o pior resultado de sempre dos socialistas nas autárquicas na Guarda, com 17,98 por cento dos votos.
A noite até começou com aplausos na sede de campanha, situada na Praça Velha, mas à medida que os resultados foram sendo conhecidos a euforia deu lugar ao desalento. Concluída a contagem em praticamente todas as freguesias do concelho, Luís Couto e Ana Mendes Godinho, candidata à Assembleia Municipal, foram os primeiros a felicitar Sérgio Costa, deslocando-se a pé à sede do movimento “Pela Guarda”, também situada na Praça Velha. «Em democracia é isso, uns ganham, outros perdem», disse o candidato derrotado. Contudo, esta visita tem uma leitura política, uma vez que o novo presidente da autarquia vai governar com maioria relativa e terá que assegurar o apoio do único vereador socialista eleito.
Regressado à sede, Luís Couto fez uma curta declaração para admitir que o resultado ficou «aquém das expetativas, a nossa mensagem foi muito clara e firmada na realidade, mas essa mensagem não foi passada, eu acho que há vários fatores que levaram a este resultado», afirmou. E justificou: «Foi feito o trabalho que nos pareceu mais adequado, apresentámos o nosso programa e a comunidade falou, decidiu e o PS e a minha candidatura aceita este resultado».
Quanto aos adversários, o futuro vereador adiantou que vai estar atento «às realidades dos outros, de forma a ver se são realidades ou fantasias, veremos daqui a quatro anos», disse, sublinhando que vai assumir a vereação com uma postura que «vai ao encontro dos interesses da população».
O PS conquistou 17,98 por cento dos votos, que contrastam com os 23.35 por cento obtidos em 2017, descendo de 5.523 para 4.249 votos. Os socialistas elegeram dez deputados – tinha 13 – e venceu a presidência de seis Juntas de Freguesia, menos uma que há quatro anos.

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Efigénia Marques

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