Política

Atas da compra do terreno no Rio Diz existem, mas continua a faltar visto do Tribunal de Contas

Escrito por Jornal O Interior

Henrique Monteiro terá sido enganado por «lapso» do gabinete da presidência da Câmara da Guarda, mas continua a considerar que o negócio «é ineficaz»

Depois da polémica a confusão. Henrique Monteiro convocou os jornalistas na semana passada para esclarecer que as atas da compra dos terrenos do Rio Diz pela Câmara da Guarda à família Tavares existem e estão na autarquia.
«O lapso foi do gabinete da Presidência, segundo o senhor presidente, que foi quem respondeu aos itens do requerimento do grupo municipal do CDS», afirma o deputado municipal, para quem a situação «não desvirtua a minha intervenção, na medida em que o vício da falta de visto prévio do Tribunal de Contas (TC) se mantém». Na última Assembleia Municipal (AM) da Guarda, realizada a 29 de setembro, o centrista foi à tribuna denunciar a falta ou desaparecimento de documentos que suportem o negócio de 2001 e que resultou no pagamento de 2 milhões de euros aos proprietários da Fábrica Tavares, no Rio Diz. Na altura, Henrique Monteiro considerou que o negócio é «ineficaz» com base na informação que lhe foi entregue pela autarquia.
Quinze dias depois, o deputado e também líder da distrital do CDS-PP reitera que perguntou na AM «se as deliberações existiram, se nunca existiram ou se desapareceram. Pelos vistos apareceram dia 30/09, com a justificação de que tinha havido um lapso na informação saída do gabinete da Presidência». No entanto, para Henrique Monteiro, a existência das deliberações «não torna o contrato de compra e venda eficaz. A falta do visto do TC é que o torna ineficaz e essa situação não foi corrigida». O eleito também estranha que Carlos Chaves Monteiro não tenha esclarecido o lapso durante a referida Assembleia Municipal e considera que o sucedido revela que o presidente da Câmara «não estaria a par do dossier ou desconhecia a informação que é vinculada pelo seu gabinete, isto para não pensar que poderá ter havido uma falha deliberada».
Henrique Monteiro espera agora que o edil social-democrata esclareça o que se passou para «o lapso» do seu gabinete ter acontecido e conta também obter um ponto da situação do negócio e das posteriores tramitações judiciais.

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