Política

António Costa diz que desenvolvimento regional depende de «autarcas determinados»

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Escrito por Efigénia Marques

Secretário-geral do PS veio à Guarda afirmar que Luís Couto «é o tipo de autarca que precisamos nesta região»

«As próximas eleições autárquicas marcam um momento político da maior importância para as autarquias locais», afirmou o secretário-geral do PS e primeiro-ministro na Guarda, no sábado, na apresentação dos candidatos às Câmaras do distrito.
Na sua intervenção, António Costa aproveitou para realçar que o sucesso do desenvolvimento regional depende exclusivamente dos autarcas: «É absolutamente fundamental termos autarcas que não tenham medo de assumir as novas responsabilidades e que sejam capazes de as gerir, na saúde de proximidade, na área da educação, na área social e no desenvolvimento social e económico». Por isso, para o líder socialista, Luís Couto, candidato na Guarda, «é mesmo o tipo de autarca que nós precisamos, hoje em dia, nesta região». O também primeiro-ministro destacou ainda a importância do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), afirmando que «vamos dispor, nos próximos sete anos, o dobro dos recursos de fundos comunitários, de que dispusemos nos sete anos anteriores».
A sessão organizada pela Federação do PS da Guarda ficou marcada por diversos ataques à atual gestão social-democrata do município sede do distrito e, mais uma vez, pela saúde. Alexandre Lote, presidente da Federação, abordou o assunto referindo que o partido «quer mesmo recuperar a segunda fase do hospital, que o PSD meteu na gaveta assim que chegou ao Governo, e que tanta falta faz aos cidadãos deste distrito». Também o candidato à autarquia, Luís Couto, fez questão de apelar à memória dos guardenses, pois foi «o PSD que outrora mandou cessar a requalificação do hospital, porque a polémica artificial e desinformada montada pelo ainda presidente da Câmara e por grande parte do PSD, que subitamente se interessaram pelo hospital da Guarda, apenas serviu para legitimar um acordo nunca explicado».
O independente falou ainda do projeto do porto seco, afirmando que «é preciso desmistificar de vez o que é este projeto e quem, afinal, tem responsabilidade pelo mesmo. A criação do porto seco é uma reivindicação com mais de uma década, feita através dos executivos do PS», garantiu Luís Couto. António Costa não se pronunciou sobre o tema da saúde, mas sim sobre a importância do desenvolvimento regional, sobretudo na Guarda, onde a criação do porto seco irá ajudar a criar emprego qualificado para fixar pessoas no território. «As regiões de fronteira na Europa são em regra as mais desenvolvidas. Aquilo que nós temos de fazer é transformar estas regiões, que foram ficando mais empobrecidas, que foram perdendo população, que tiveram menos oportunidades de desenvolvimento numa nova centralidade e que nos dê uma dimensão de afirmação à escala peninsular», sublinhou o líder socialista.
Durante a sessão foram apresentados – o que acontece pela segunda vez, já que no início do mês Pedro Nuno Santos veio à Guarda para uma iniciativa idêntica – dos 14 candidatos às Câmaras do distrito da Guarda. No sábado foi ainda apresentado Armando Neves como mandatário de Luís Couto, que tem Eloisa Nabais e Guilherme Carola como mandatários para a juventude.

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Efigénia Marques

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