Política

André Ventura quer acabar com portagens em Portugal

Chega.jpg
Escrito por Efigénia Marques

Campanha do líder do Chega passou pela Guarda, onde abordou temas como a saúde, a corrupção e o envelhecimento da população

O líder do Chega, André Ventura, esteve na Guarda na passada quarta-feira para um jantar-comício, na Quinta de Santo António (Maçaínhas). Entre os vários temas abordados, o das portagens levou o candidato a prometer que vai «exigir o fim das portagens em todo o território nacional» caso venha a fazer parte do Governo.
«Também não podia vir à Guarda sem falar de saúde. Aqui há hospitais, como o de Seia, onde, para algumas especialidades, a consulta tem um tempo médio de espera não de um, não de dois, não de três, mas de quatro anos», exclamou. Já no Hospital da Guarda «há o maior tempo de espera do país para Cardiologia, uma especialidade fundamental que coloca em causa a saúde de todos e é um risco para a saúde de todos», considerou também o líder do Chega. André Ventura abordou ainda o tema do envelhecimento da população, propondo «uma pensão mínima garantida para todos, equiparando o valor médio das pensões ao salário mínimo», para que todos os idosos possam ter uma vida «mais digna».
O ainda deputado não esqueceu o combate à corrupção e a subsidiodependência, argumentando que «vocês aqui na Guarda sabem bem o que isso é. Em praticamente todas as Câmaras do distrito, eles continuam todos a “comer” à volta deste sistema que foi criado por eles e os continua a alimentar a eles e às suas famílias. É como a música: “eles querem é mamar nos peitos da cabritinha”, eles querem todos mamar no sistema e continuar até sugar tudo e não sobrar nada para nós». André Ventura defendeu igualmente a continuidade das tradições presentes no distrito, garantindo que «não deixaremos que se entre em absurdos de acabar com a caça, com a pesca, com tauromaquia e de querer acabar com Portugal e com a nossa identidade».
Por sua vez, José Marques, cabeça-de-lista do Chega pelo círculo da Guarda e presidente da distrital, apontou o envelhecimento como um dos «problemas fraturantes» do distrito. «Somos o antepenúltimo distrito com menos população, atrás de nós apenas está Bragança e Portalegre. A Guarda conta com apenas 146 mil pessoas, somos um distrito onde há 66 mil idosos e apenas 27 mil jovens, e onde se morre mais do que se nasce», apontou o cabeça de lista, para quem também a saúde é um problema: «Queremos pôr fim à lista de espera de três e quatro anos de algumas consultas, acabar com esta dança das ambulâncias, que vêm à Guarda e não são mais do que uma placa giratória para enviar os nossos doentes para Viseu, Coimbra ou para a Covilhã», criticou. O líder distrital considerou ainda que «a Guarda está a acordar» e que isso se nota pelo «crescente apoio» que o partido tem tido desde as autárquicas.

Sobre o autor

Efigénia Marques

Leave a Reply