Política

Ana Mendes Godinho e Ester Amorim lideram listas do PS e PSD na Guarda

Escrito por Luís Martins

Estruturas distritais estão a ultimar listas para serem aprovadas e apresentadas até ao final de julho, o que não se fará sem polémica e contestação

As legislativas já mexem nas principais estruturas partidárias da Guarda, que este ano apenas vai eleger três deputados para a Assembleia da República. Os próximos tempos prometem polémica e contestação no PS e no PSD por causa dos lugares nas respetivas listas, que deverão ser lideradas por duas mulheres.

Ana Mendes Godinho certa no PS

Não será por acaso que a atual secretária de Estado do Turismo estará esta sexta-feira em Vila Nova de Foz Côa para participar num plenário de militantes para fazer o balanço do mandato do Governo. Com raízes familiares naquele concelho, Ana Mendes Godinho será a principal escolha do partido na Guarda, tendo já merecido o apoio de Pedro Fonseca. De resto, o líder federativo irá em segundo lugar, a celoricense Olga Marques – antiga presidente das Mulheres Socialistas, mulher de José Luís Cabral, candidato derrotado na Federação que apoiou Pedro Fonseca, e irmã de José Albano Marques – será terceira e o líder da JS Fábio Pinto tem garantido o quarto lugar. Estes quatro nomes vão ser indicados pela Federação à estrutura nacional do PS após validação dos órgãos distritais. A novidade é que, quando foi eleito líder da Federação, Pedro Fonseca afirmou que não seria candidato a deputado. A justificação para a mudança é que «todos os presidentes da Federação foram candidatos nas legislativas, em primeiro, segundo ou terceiro lugar», recordou a O INTERIOR o dirigente.

Rui Rio aposta em Ester Amorim

A professora de Gestão no Instituto Politécnico da Guarda também é dada como certa num dos dois lugares elegíveis da lista do PSD pelo círculo guardense.
Amiga pessoal do líder Rui Rio e membro da Comissão de Auditoria Financeira do partido, Ester Amorim é militante na Guarda desde os anos 80 e a sua influência tem vindo a crescer, embora não lhe seja conhecida nenhuma intervenção política de relevo nos últimos anos. Com a sua escolha, o presidente do partido resolve a questão da quota nacional sem grandes contrariedades a nível local, porque Ester Amorim vive e trabalha na Guarda, e dá um ar de renovação à lista. Carlos Peixoto, atual líder distrital, deverá ser o segundo candidato do PSD, mas tem em risco o seu quarto mandato consecutivo no Parlamento por força da redução do número de deputados eleitos pela Guarda.
A presidente da Assembleia Municipal da Guarda também está na corrida por um lugar, o terceiro, enquanto Tiago Gonçalves, presidente da concelhia guardense, deverá concorrer em quarto lugar. O seu nome já foi indicado pela secção local à comissão política distrital para ocupar um dos quatro primeiros lugares da lista. Carlos Condesso, vice-presidente da Distrital e chefe de gabinete de Álvaro Amaro e Carlos Chaves Monteiro na Câmara da Guarda, é outro dos nomes mais referidos para a lista do PSD e conta mesmo com o apoio de algumas concelhias laranjas. Quem não gostou de ser excluída dos primeiros lugares da lista foi a JSD, que já reagiu em comunicado para fazer saber que Fernando Melo deve ocupar um lugar elegível, tal como decidido em junho no Conselho Distrital da jota. A O INTERIOR, Carlos Peixoto apenas disse que a lista deverá ser aprovada na Distrital «no final desta semana ou durante a próxima», pelo que até lá, «tudo o que se disser ou escrever é pura especulação».

Bloco recandidata Jorge Mendes

A lista do Bloco de Esquerda já está praticamente definida e será encabeçada por Jorge Mendes, professor e antigo presidente do Instituto Politécnico da Guarda.
O nome foi oficializado esta terça-feira pela comissão coordenadora distrital do partido, que anunciou também o número dois, o professor da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do IPG Domingos Monteiro. O cabeça de lista, que entretanto se filiou no BE, assumiu como principal objetivo o reforço da votação do Bloco – há quatro anos foi a terceira força política mais votada no distrito, tendo obtido mais de 6.700 votos. Já a eleição de um deputado «é difícil, mas não é impossível», disse Jorge Mendes.

CDS candidata Henrique Monteiro

O presidente da Distrital do CDS será o cabeça-de-lista dos centristal nas próximas legislativas.

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