O vitiligo é uma doença caracterizada pelo aparecimento de manchas despigmentadas na pele. Atinge aproximadamente entre 0,5% a 1% da população e afeta tanto homens como mulheres, podendo ocorrer em todos os tipos de pele.
Geralmente, esta doença surge entre os 10 e os 30 anos e tem um grande impacto na autoestima do doente. Apesar da causa do vitiligo ainda não estar completamente esclarecida, sabe-se que não é uma doença contagiosa, tem uma predisposição genética e resulta de uma alteração da função ou da perda de melanócitos (células responsáveis pela produção do pigmento que dá cor à pele – a melanina). Além disso, pode estar associado a doenças autoimunes como a artrite reumatoide, psoríase e tiroidite.
Frequentemente, manifesta-se por manchas de pele brancas ou que perderam cor, bem delimitadas e rodeadas de pele pigmentada. Raramente dão comichão e podem ter formas e dimensões variadas. De acordo com o local em que as manchas aparecem, o vitiligo pode ser classificado como: unilateral ou segmentar, quando surge em apenas um lado do corpo, e não segmentar ou bilateral, o tipo de vitiligo mais comum, que se manifesta nos dois lados do corpo.
O diagnóstico é, usualmente, feito apenas pela observação das lesões. Em caso de dúvida, pode ser feita biópsia das manchas.
Não existe cura para o vitiligo. No entanto, existem vários tratamentos, como a fototerapia, imunossupressores e corticoides, que ajudam a estimular a repigmentação da pele e a estagnar as lesões.
Susana Martins (Interna de Medicina Geral e Familiar da USF A Ribeirinha, tendo como orientadora Dra. Mariana Mina)