Vila Velha de Ródão é um concelho que há muitos anos sofre de vários problemas: a poluição ambiental, a falta de investimento heterogéneo e a desertificação.
Há anos que a poluição do ar tem sido um grande problema, e cada vez pior. O ar em Vila Velha é pouco respirável, nada saudável. Vila Velha de Ródão tem uma riqueza natural espantosa, uma cromática natural diversificada, cultura e histórias encantadoras. Tem potencial para investimentos económicos diversificados. Sabe-se que sempre existiram problemas de poluição atmosférica e sonora, proveniente da atividade industrial, de unidades localizadas ao redor das habitações na sede do concelho. Como a sede do concelho se localiza num vale, o fumo e as partículas do ar naturais criam um efeito de névoa sufocante. Ora existe já aqui um problema de qualidade ambiental provocado por várias causas, uma delas o desordenamento territorial.
Vila Velha de Ródão, como local desertificado, acaba por ter baixa densidade demográfica e poucos novos investimentos. As empresas que aqui se localizam podem coexistir, mas tem que haver respeito para com a população. Basta boa organização e uma boa gestão, uma boa aplicação das leis e que as entidades competentes reguladoras façam o trabalho de fiscalização regular, pois estas trabalham para o Estado e o Estado trabalha para as pessoas. É também importante que as empresas que existam não interfiram com o ecossistema natural ou outros investimentos, nomeadamente agrícolas, visto que é uma zona com histórico agrícola e com forte potencialidade, ou com outros tipos de empresas.
Também não deve existir um exagero por parte das decisões autárquicas no investimento num só tipo de economia, mas sim olhar para investimentos diferentes, que possam ser potencializadores, que sejam ao mesmo tempo geradoras de trabalho e pouco poluentes, ou que tenham a capacidade de minimizar os seus efeitos poluentes. Outro grande problema de Vila Velha de Ródão é a desertificação (…), para tal poder-se-ia potencializar a criação de mais empresas, assim a diversificação e criação de novos trabalhos, para que se possam abranger outros e mais públicos; a aposta na continuação da agricultura; o fim da descriminação política que existe mesmo sobre aqueles que não tem cor política.
É também necessário acabar com a interferência dos “lobbys de amizade” na vida das pessoas, nomeadamente no trabalho, e melhorar a qualidade de vida com medidas autárquicas mais dinâmicas em diversas áreas. Tudo pode coincidir em harmonia, sem prejudicar os recursos naturais ou as populações, basta um bom ordenamento do território, uma boa dose de inteligência, aplicação legal eficiente e uma boa gestão por parte das empresas e das autarquias.
Maria Leonor Trigueiros Soares de Aragão e Rui Pedro Gonçalves Mateus, Vila Velha de Ródão