Procuro nos jornais notícias para comentar e não vejo nada além de Covid e Trump, que disputam a liderança mediática no título de “o pior que nos aconteceu nos últimos anos”.
Felizmente, os votos por correio acabaram com as hipóteses de Trump ser reeleito, uma manifesta melhoria em relação à utilização de correspondência postal no tempo de Bush, tempos em que as cartas serviam para enviar Anthrax.
Parece que os candidatos a prefeito apoiantes de Bolsonaro e de Lula não foram muito felizes nas eleições municipais no Brasil. Segundo a imprensa, os maus foram justamente punidos. Os outros também.
No Peru, um presidente foi destituído e o seu substituto demitiu-se cinco dias depois. No dia seguinte, o Peru não teve presidente. Peru, como toda a gente sabe, em inglês é Turkey.
Na Lituânia, os conservadores União pela Pátria ganharam as eleições e vão formar governo em coligação com dois partidos liberais, ambos liderados por mulheres. Para chefiar o Governo a coligação apresenta ao parlamento uma candidata independente a primeira-ministra. O líder do partido mais votado não integrará o executivo, ficando a liderar a bancada parlamentar. António Costa teve três noites de insónia sem perceber esta notícia.
No futebol, o Sporting lidera. O Sporting lidera. O Sporting. Lidera. É líder. É obsessivo? Pois é, mas também pode ser efémero.
O autor escreve de acordo com a antiga ortografia