Vejamos alguns dados:
1. Maioria de mortos Covid são idosos institucionalizados.
2. Portugal tem um índice de idosos dos mais altos do mundo.
3. A doença existe, mas não mata jovens saudáveis, como se prova com milhares de desportistas profissionais testados positivos. Morreram mais de colapso cardíaco súbito.
4. Muitos destes mortos são com Covid e não de Covid. Eu já vi traumatismos infetarem nos hospitais e morrem do trauma, mas contam para Covid. Ventres agudos contam para Covid se teste for positivo.
5. Sobra um problema complexo: a forma grave desta nova doença consome recursos importantes no nível mais elevado do SNS. Não temos nenhuma ideia porque se manifesta a forma mais grave desta doença. Não é uma sequência vulgar ter infeção por SARS-CoV-2 e fazer um quadro grave, mesmo em idosos.
6. Os vírus no ar livre, ao sol, em zona ventosa, não são cúmplices desta acusação que fazem na TVI e na SIC do jornalixo. Acusar os portugueses é semelhante a dizer que votam mal.
7. Os portugueses em recintos fechados e lugares públicos estão de máscara. Os restaurantes e hotéis cumpriram as normas.
8. Zonas recônditas de Trás-os-Montes tiveram índices de doença elevados. Freiras em clausura infetaram-se.
9. As medidas tomadas para os hospitais alteraram rotinas de décadas construindo novos constrangimentos que estão por avaliar.
ENTÃO o que é que está mal nesta equação? Somos os piores do mundo agora. Onde está o pensamento crítico de Rui Rio? Onde está a iniciativa de ouvir outras leituras? O pensamento contestatário da esquerda era fora da caixa. Os meus amigos agora ouvem os media e claudicam à “ciência do espetáculo”, ao discurso moralista e choroso de alguns. Felizmente já vou ouvindo médicos a contestar estas estratégias e estes decisores. Atenção… É claro que estou triste com os meus amigos a quem a doença oferece momentos dramáticos, mas na minha vida já perdi muitos para a oncologia, a SIDA nos anos 90, acidentes de viação, AVCs, enfartes do miocárdio. Felizmente, já vários tiveram Covid, mais ou menos grave, e cá estão a discutir comigo, recuperados, imunes como é óbvio, mas ainda vítimas dessa ignomínia do medo.