A procura por habitação tem vindo a aumentar significativamente nos centros urbanos do país. A juntar à tradicional procura por parte de estudantes do ensino superior deslocados, temos agora milhares e milhares de imigrantes em busca de uma casa ou de um quarto. Na grande maioria dos casos, quer uns, quer outros, procuram arrendamentos temporários com a duração de apenas alguns anos.
Num momento em que existe uma demanda crescente por trabalhadores de todos os setores de atividade e em que as instituições de ensino superior se assumem como importantes motores de inovação e de desenvolvimento regionais, qualquer programa de futuro de uma cidade como a nossa tem, obrigatoriamente, de apresentar soluções compreensivas para estes desafios.
A solução mais assertiva será a criação de uma rede municipal de alojamento. Esta infraestrutura não necessita sequer de ser criada de raiz. Bem pelo contrário: o município pode enveredar por uma solução mais em conta e que, ademais, lhe permitiria resolver simultaneamente outros problemas que vêm afetando a nossa cidade.
Tal como noutras localidades, existem na Guarda muitas habitações devolutas, mas também alguns edifícios cuja construção não foi terminada. Em ambos os casos, estamos perante imóveis que poluem a imagem visual da urbe e que podem até representar um perigo para a segurança dos cidadãos e para a saúde pública.
O município deveria proceder à aquisição destes imóveis devolutos e inacabados. Realizadas as obras necessárias para que passassem a ser habitáveis, seriam então integrados na rede municipal de alojamento.
A vir a concretizar-se num futuro próximo, a rede municipal de alojamento seria uma mais-valia para todo o concelho e um sinal firme de que a Guarda continuará competitiva no que se refere à atração e fixação de pessoas, sendo que, além de estudantes e trabalhadores, também os turistas que visitam o concelho em épocas específicas do ano poderiam usufruir desta nova valência do município.
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