No dia 6 de fevereiro ocorreram dois grandes sismos de magnitude de 7,8 e 7,5 na escala de Richter que atingiram a região entre a Turquia e a Síria. Podemos constatar o trágico resultado destes dois fenómenos naturais através das imagens e testemunhos que nos chegam diariamente desta região do globo.
Os terramotos, sismos ou tremores de terra respondem a ajustes permanentes da crosta terrestes que têm origem nos deslocamentos de blocos, fundamentalmente na litosfera. Desde a Antiguidade estes fenómenos foram associados a forças extranaturais ou espirituais: algumas crenças, por exemplo, consideravam-nos como uma vingança dos deuses. O movimento da superfície terrestre em si mesmo não é perigoso (exceto em casos excecionais); o que na realidade nos afeta são as consequências: destruição de habitações, incêndios, “tsunamis” ou avalanches. Estes tremores ocorrem quotidianamente, mas convertem-se em noticias quando causam a destruição de cidades e afetam as populações.
As placas da crosta terreste estão submetidas a tensões e existem setores onde a crosta se regenera e se amplia, assim como há outros em que ocorre a compressão e a subducção de uma placa por baixo da outra. Nestes setores, as tensões são muito elevadas e como efeito da fricção ocorrem o vulcanismo e os terramotos. Durante os sismos tem lugar a libertação de uma enorme carga dinâmica, que é a causadora dos terramotos, maremotos e “tsunamis”.
Como a intensidade de um movimento sísmico está relacionada com a quantidade de energia libertada, a sua magnitude pode ser estudada, por exemplo, realizando uma escala de 1 a 9 que as compare com as outras. Para isso, são utilizadas diversas formas logarítmicas, das quais a mais conhecida é a escala de Richter, que foi idealizada em 1935.
Os dados estatísticos sobre os sismos recolhidos ao longo da história fornecem informação valiosa sobre estes desastres, mas esta informação está incompleta e, em alguns casos, os dados não são totalmente fiáveis. Com os avanços científicos, as medições foram sendo aperfeiçoadas, foram concebidos instrumentos de precisão para registar sismos e, assim, começou a utilizar-se a mencionada escala de Richter.
Se o terramoto tiver origem a pouca distância da superfície, a possibilidade de danos é maior. Por isso, o seu poder destrutivo não depende apenas da quantidade de energia libertada, mas também da proximidade ou afastamento relativamente ao foco de origem da constituição geológica do subsolo e de outros fatores que em nada estão relacionados com a Terra, mas sim com quem nela vive, tais como o tipo de estrutura e os materiais com que são construídas as habitações.
Quando a Terra treme
“Os terramotos, sismos ou tremores de terra respondem a ajustes permanentes da crosta terrestes que têm origem nos deslocamentos de blocos, fundamentalmente na litosfera. “