Prioridades para o novo presidente da Guarda

Escrito por Acácio Pereira

“A partir de agora, o palco é de quem ganhou: é nas suas qualidades e competências que o concelho – a cidade e as freguesias – depositam as suas expetativas no presente e no futuro da comunidade.”

A festa da democracia que são as eleições autárquicas ditou para a Guarda um novo presidente de Câmara e vereadores que, tendo estado ligados até há pouco tempo ao PSD, concorreram e ganharam como independentes. Glória aos vencedores, honra aos vencidos! A partir de agora, o palco é de quem ganhou: é nas suas qualidades e competências que o concelho – a cidade e as freguesias – depositam as suas expetativas no presente e no futuro da comunidade.
Gostava, por isso, de partilhar com o novo presidente Sérgio Costa o que penso serem três prioridades estratégicas para o concelho.
A primeira é o apoio ao Instituto Politécnico da Guarda. O IPG voltou este ano a fazer parte da lista das instituições de ensino superior que aumentaram o número de alunos face à primeira fase de acesso 2020, na qual o IPG já tinha sido a instituição de ensino superior que mais cresceu percentualmente em Portugal. Este resultado é tanto mais notável quando comparado com o dos politécnicos de Bragança ou de Castelo Branco, que este ano perderam imensos alunos.
O IPG, pela voz do seu presidente, Joaquim Brigas, tem declarado que recebe muito menos apoios autárquicos – quer na Guarda, quer em Seia – do que os politécnicos congéneres noutras regiões do país. É uma situação que urge corrigir para que o IPG possa concorrer, pelo menos, em situação de igualdade com outros polos do ensino superior, a maioria deles situada no litoral.
O IPG é estratégico para a Guarda, não só porque lhe injeta anualmente centenas de jovens habitantes, mas, sobretudo, porque é o principal agente de qualificação da sociedade e do tecido económico do concelho e da região. Se há uma instituição a apoiar é o IPG!
A segunda prioridade é a Saúde. A Guarda foi alvo de um ataque sem precedentes do Governo de António Costa, Marta Temido e Ana Mendes Godinho contra o acesso à saúde dos guardenses ao só destinar sete médicos à sua Unidade Local de Saúde (ULS) quando abriu 1.073 vagas para todo o país. Este é o primeiro combate político nacional de Sérgio Costa – deve travá-lo sem demora!
E, se me permite a opinião, não deve hostilizar o grupo que quer construir um hospital privado na Guarda. A Guarda – sobretudo os cidadãos que têm cuidados de saúde convencionados – precisa desse hospital.
Duas palavras para concluir: Porto Seco! A montagem e entrada em funcionamento do Porto Seco é o investimento estratégico que pode mudar para sempre a competitividade do tecido económico das Beiras e da Serra da Estrela. É a terceira prioridade!

* Dirigente sindical

Sobre o autor

Acácio Pereira

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