O PSD de Rio é um PS frio com D

“Doente e poente, o poeta pontifica, a ponte aponta o ponto que desponta na ponta, a conta monta, a manta canta e a santa tonta.”

O R faz tremer quem teme. O destino é um desatino sem A. O amor é fogo que desatina sem destino. O destino destoa a destempo. Mas um destemperado não destapa a tampa. Tapa com a capa e rapa. Rapaz que rapa é moço de tremoço. E para o almoço, há massa? Amassa que isso passa.
Passou bem? Bendita bendição, a lição. Alice não disse, mas ali se fosse Alice, ali seria doce. Desse doce, desce daí, Alice. Miss, se risse, rissóis seriam sóis e a sós ririam. Iriam irónicos e icónicos cónegos negar gargalhadas e alhadas. Alheiras e rissóis, alhadas e mil sóis.
Sois, pois, dois bois. E vós? A voz! Avós e pais, país da pá e do papá. Do pó e do popó. País sem pé, em água-pé. Pais no cais, mais uns tais. Quais? Quasímodo, o corcunda, onde abunda a bondade, a idade há-de adejar. Já a de jade anda dada, à da moda, a modos todos tolos.
Talos de couve, que houve, ouve o ourives vestido de ídolo dolente. Doente e poente, o poeta pontifica, a ponte aponta o ponto que desponta na ponta, a conta monta, a manta canta e a santa tonta.
Tanto santo, tanta anta. Antanho tinha lenha, venha o senhor ordenhar. Ordenar, drenar, remar, rimar, mimar, minar. Minaretes e majoretes. Major maior, ai ordem, demos mostras. Ostras e lostras, postas às costas. Tostas, sem crostas, na crista do Costa. Está frio, riu o Rio e ri-se Alice, ali se disse.

* O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

Sobre o autor

Nuno Amaral Jerónimo

Leave a Reply