Somos seres complexos, com arestas difíceis, com propriedades contraditórias, com funções inócuas e outros ferozes.
Temos características que vão do ódio à virtude, do amor à vitimização, da afronta à compaixão.
Seres que conseguem descrever sentimentos, pensar inovações, construir máquinas extravagantes.
Somos isso tudo e também a besta que mata, o belzebu que agiganta o ódio, que dilacera com tremendas bombas.
O “ser surgido” discute com homem que acredita em Deus. O mágico espampanante confronta o neurologista.
Animais ideológicos detestam outros que são religiosos. Há as guerras da pele, do ciúme, da cultura, das concepções divinas, dos territórios, dos cursos de água. Somos vozes suaves ou gritadas. Sussurro quente.
Berros tonitruantes. Estes seres matam-se por tudo e por nada. A inveja, o ciúme, a doença, a posse e a ganância, tudo faz vítimas. Foi aquele momento, foi só naquela vez, mas geramos uma energia mortal e matamos.
A guerra de ódio na Palestina é seguramente uma das perversidades humanas.
O ódio dos nazis e dos xiitas a Israel é quase demencial. É mesmo incompreensível. A forma de inferno que o sionismo criou sobre Gaza é morticínio sem quartel. Os homens matam-se no Sudão, na Ucrânia, na Palestina.
Pode esta selvajaria ter origem divina? Suspeito que viemos mesmo das mais tenebrosas formas predadoras, que surgiram após a sopa da construção da vida. Que bestas!
O morticínio dos homens
“Pode esta selvajaria ter origem divina? Suspeito que viemos mesmo das mais tenebrosas formas predadoras, que surgiram após a sopa da construção da vida. Que bestas!”