Para o bem ou para o mal, é sempre assim. Os homens passam. Frustrados ou contentes. Num e noutro caso, com razão ou sem ela. Vencidos pela própria natureza provisória da vida.
A fazer projetos sem medida, mas com o tempo medido. Partindo sempre antes. A ação em meio. Ou simplesmente projetada. Ou ainda só sonhada.
A torre de marfim que abre brechas. E a teoria da ingratidão dos povos de novo atualizada.
Mas há sempre o começo de uma nova era. E o estilo que não morreu! A mesma demonstração do génio. Coisa sempre sem antecedente. De criação contínua. Fonte permanente de soluções, esbanjando talento. Recitando fórmulas que não variam. Admirando tudo e todos, de quem, aliás, espera sempre a reverência e a expressão de pasmo.
Haverá, porventura, vantagem em comparar com o passado, mas sempre com desvantagem para este. Antes não tinha ocorrido a ninguém. Ninguém se tinha lembrado. Ninguém fora capaz. Agora sim. Tudo é diferente. Novo, pujante, florescente, prometedor. Decretando a felicidade geral.
E ali ficará à espera. Cheio de programas. De ideias. A azedar com o tempo. Doloroso, porque nada é gratuito. O estilo a criar raiz.
Ninguém é um definitivo ponto de chegada, todos somos um ponto de passagem. É sempre assim. Os homens passam, mas o estilo fica!
* Antigo presidente da Câmara de Trancoso e presidente da Assembleia Distrital do PSD da Guarda