Os impostos que o Estado cobra aos cidadãos e às empresas nunca foram tão altos, tão insuportavelmente gravosos, para a vida e a economia na sociedade portuguesa.
Como tem sublinhado o Conselho Superior de Finanças Públicas e o Banco de Portugal, os impostos estão ao nível mais alto de sempre! Ora os impostos que os portugueses pagam ao Estado deviam servir para que lhe prestassem melhor serviço nas funções que o Estado assegura com soberania, na saúde, na educação, na justiça, na segurança, na defesa, na proteção civil, no investimento público e no funcionamento dos serviços do Estado.
Porém, não só o investimento público caiu, como os serviços prestados pelo Estado diminuíram em quantidade e qualidade. Parece contraditório que os portugueses paguem mais impostos e o Estado lhe forneça pior serviço público.
Ora o que acontece é que o Estado está cada vez maior, com custos de funcionamento insuportáveis para a receita fiscal arrecadada, pelo que o controle do défice exige corte nos serviços que o Estado presta aos cidadãos.
Tudo isto, apesar da dívida pública estar também ao mais alto nível de sempre!
A evidente conclusão é que se criou um monstro chamado Estado, onde se fizeram clientelas, se empregaram amigos e familiares, se criaram privilégios, se pagam favores.
É este Estado cujo funcionamento custa cada vez mais, porque se aumentaram custos de estrutura, sem controle, que permite ganhar eleições a uma classe, que se serve do Povo para manter o Estado e o poder.
O Estado não representa o Povo português, mas uma classe que se serve do Estado para exercer o Poder e manter privilégios. O Estado e o Povo são assim duas realidades diferentes.
E a classe política que exerce o Poder, não serve o Povo, mas sim o Estado.
Até quanto crescerá o Estado, até quanto a economia portuguesa aguentará este Estado?
E quando é que o Povo acordará?
* Antigo líder da Distrital do PSD da Guarda e ex-presidente da Câmara de Trancoso