O Costa no castelo

A comunicação social portuguesa tem sido muito dura nas críticas ao actual Governo da República, e em particular com o seu líder, o primeiro-ministro português. É uma intensa indagação, sob a qual todas as afirmações e intenções do Governo são escalpelizadas ao pormenor, as políticas apresentadas são discutidas profusamente pela sociedade civil, nunca os jornalistas assumindo sem questionar que afirmações feitas por socialistas sejam absolutamente verdadeiras ou maravilhosamente boas. Esta actuação segue, aliás, o rigoroso e permanente escrutínio da governação feita em sede da Assembleia da República.

Quero, por isso, contribuir para um clima mais harmonioso e pacato do panorama mediático português, deixando alguns elogios à forma de actuação do governante-mor da Nação, e que autorizo desde já que sejam plagiados e glosados em qualquer meio de comunicação.
O antigo primeiro-ministro Cavaco Silva proferiu a famosa frase “Deixem-nos trabalhar”. O actual Grande Irmão gosta de mostrar que está sempre em modo “Deixem-me trabalhar, porra”.

O anterior governante socialista era conhecido como animal feroz. O actual é um político que parece mais Maduro.

Francisco Sá Carneiro sonhava com um governo, uma maioria e um presidente. António Costa sonha com um governo, uma maioria, um presidente, um governador do Banco de Portugal, um planificador estratégico, uma companhia de aviação, um canal de televisão, um sindicato de jornalistas, uma ordem dos médicos, um social-populista em Madrid, um amigo em Budapeste, e milhões de Bruxelas. O homem sonha, o povo quer, a obra nasce. (Se depois cresce, logo se verá. Mas que nasce com pompa, lá isso nasce).

S. António, santificado padroeiro de Portugal, era popular e casto. D. António, aclamado rei de Portugal, foi prior do Crato. PM António, incensado caudilho de Portugal, é populista e Castro.

O Governo liderado por Passos Coelho actuava muitas vezes como se estivesse aditivado por “Red Bull”. O Governo do Camarada Costaline age habitualmente como um “Red Bully”.

* O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

Sobre o autor

Nuno Amaral Jerónimo

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