Nos últimos anos o Instituto Politécnico da Guarda reorientou-se estrategicamente para a produção de ciência que, sempre que possível, é produzida para qualificar o tecido social e económico da região, conferindo competitividade ao território transfronteiriço da Beira Interior, às suas empresas, às suas organizações sociais, educativas e de saúde e também às suas autarquias.
O Politécnico da Guarda está hoje focado na inovação e na transferência de conhecimento em interação com empresas e organizações. Está a orientar o seu trabalho para a valorização da economia regional e da vida social e associativa.
No centro deste projeto está aquela que é a sua missão nuclear: aprofundar a interação com o tecido empresarial, social, cultural e educativo desta região do Interior do país
Isto não só dá um sentido novo à investigação e ao ensino que o IPG ministra, mas também beneficia muito as próprias empresas da região, as quais passam a poder contar com a ajuda de novas evidências sobre as suas áreas de atividade (que muitas vezes desconheciam) e de contributos científicos para orientarem os seus negócios.
O Politécnico da Guarda tem também crescido em número de estudantes em virtude da capacidade que revela para inovar na oferta letiva. Os cursos que abriu nos últimos anos tiveram grande procura devido à sua qualidade pedagógica; devido a terem sido desenhados para corresponder às expectativas dos jovens de hoje; e, também devido a corresponderem às necessidades emergentes do mercado de trabalho, não só da região, mas de todo o país e mesmo do mercado internacional.
Hoje o IPG tem no seu interior academias dedicadas à cibersegurança, como é o caso da Fortinet, um gigante mundial, e da NOESIS, uma empresa nacional de referência que opera em seis países. Está a liderar o Laboratório Colaborativo em Logística, em parceria com empresas multinacionais, nacionais e da região, envolvendo entidades públicas e privadas. Acolhe a sede da região Centro do Observatório Nacional do Envelhecimento e coordena vários projetos a nível europeu. Ao mesmo tempo, está a criar uma incubadora de base científica e tecnológica, desnuclearizada, que, para já, irá arrancar com cinco municípios da região.
Ou seja, o Politécnico da Guarda está a responder às necessidades das empresas de vários setores, das IPSS, do Sistema Nacional de Saúde, dos municípios, levando o ensino superior a várias cidades do seu território de influência. O IPG está a criar oportunidades de empreendedorismo para os estudantes na região e a apoiar, diretamente, em cada concelho, o desenvolvimento do território.
Como há uma semana foi mostrado à ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que passou no IPG o Dia Nacional do Estudante, o Politécnico da Guarda está hoje a cumprir, melhor do que alguma vez tinha feito, a missão para que foi criado. Está a produzir ciência. Está a qualificar a população ativa. Está a formar novos profissionais em áreas em que o país é deficitário.
O IPG é hoje o agente social e económico mais inovador e mais dinâmico da região da Guarda.
* Presidente do IPG – Instituto Politécnico da Guarda