1. Passados os dias de Natal, do brilho das prendas e do consumismo exagerado, é preciso retomar um olhar sobre a realidade. Mesmo quando as festas de chegada do novo ano preveem gastos estratosféricos e a quadra passou a ser de férias generalizadas e de fausto inexcedível, o primeiro-ministro regressou à terra na sua mensagem de Natal ao país. «Eu não me iludo e não nos podemos iludir com os números», disse António Costa. Longe do seu “otimismo irritante”, o primeiro-ministro foi mais cautelosos que o habitual e recordou que não se pode dar tudo a todos, sob o risco de voltarmos aos tempos anteriores, ao tempo da austeridade. Com greves em todos os sectores, com exigência de aumentos em todas as áreas, com os funcionários públicos descontentes com as reposições conseguidas, António Costa disse-nos que é preciso “congelar” a vontade de muitos sobre o risco de todos virem a perder. Muito para além das cativações, em ano de eleições, o governo vai ter de manter a ilusão de da prosperidade, de menos precariedade, de progressão na carreira, mesmo que depois de dar com uma mão tenha de tirar com a outra. Houvesse oposição e Rui Rio visse para além da censura, da perseguição à liberdade de expressão e do controle do poder judicial (de que o episódio de defender a nomeação política e partidária de 10 dos 19 “conselheiros” do Conselho Superior do Ministério Público é apenas mais um dos desejos “controleiros” do líder do PSD) e António Costa estaria menos confiante e mais longe da maioria almejada. Vai ser um ano novo de velhos hábitos – o hábito de gastar mais do que aquilo que temos.
2. O Jornal O INTERIOR nasceu em 2000 em dois suportes – papel e Internet – e tem procurado jornalisticamente e graficamente manter o mesmo caráter editorial e a mais elevada qualidade. Reconhecemos que no formato digital durante alguns anos não conseguimos ter uma edição tão apelativa e ambiciosa como era nossa obrigação. Mas precisamente há um mês, o jornal O INTERIOR renovou o seu site e promoveu uma nova dinâmica online. Aquilo que pode parecer irrelevante para alguns, é determinante para a projeção do nosso futuro. Num tempo em que todos dão como óbvia a migração para o digital, e sem um modelo de negócio que permita a rentabilização dos sites de informação e em que os conteúdos sejam valorizados e pagos aos seus autores, os editores e produtores de conteúdos, especialmente jornalísticos, mais do que desenvolverem um modelo empresarial prestam um extraordinário serviço público gratuitamente. É assim com ointerior.pt, mas também com a generalidade dos editores. E é com imenso regozijo que vemos como poucas semanas depois da renovação digital empreendida tenhamos cumprido com os objetivos propostos, nomeadamente com o aumento de leitores do jornal.
O INTERIOR-Diário das Beiras e Serra da Estrela (em www.ointerior.pt) tem, em média, quatro mil leitores por dia. O site de O INTERIOR era já o que registava mais visitas em toda a região, hoje a sua dimensão é ainda mais notável: na passada quinta-feira, 20 de dezembro, estabelecemos um novo recorde de utilizadores com 6.056 visitantes únicos a lerem ointerior.pt num único dia, com 6.642 sessões e quase três mil novos utilizadores (são dados Google Analytics que podem ser confirmados por qualquer pessoa). Ou seja, a nossa dimensão editorial só é relevante se chegarmos às pessoas, se contribuirmos para uma sociedade mais culta e informada, é o que estamos a fazer: o jornal O INTERIOR é o de maior circulação regional com mais de 5 mil exemplares de tiragem; o site ointerior.pt regista um crescimento notável e é lido diariamente por cerca de quatro mil pessoas.
Muito obrigado pela sua preferência.
Votos de um próspero Ano Novo.