Não esqueçam os visons

Escrito por Diogo Cabrita

Continuo a aguardar uma nota de rodapé, uma abordagem ténue, um comentário do PAN sobre o assassinato de milhões de visons no tempo da pandemia. https://www.publico.pt/2020/11/10/p3/fotogaleria/abate-milhoes-visons-dinamarca-comecou-decisao-pode-sido-ilegal-403467
Os pobres visons foram acusados de transportar o sars cov 2, e antes que algum protestasse, foram abatidos quase até à extinção. Estavam em cativeiro e eram para a indústria têxtil, bem sei. Aproveitaram alguns para criticar a desumanidade da própria indústria. Mas o importante é mesmo rever o que leva a uma decisão genocida.
Uma “primeira-ministra”, carregada do pouco senso, envenenada dos “covidismos ferozes” extinguiu os visons, e a indústria destes animais, e a produção de casacos, porque uns especialistas garantiram a importância deste combate. Isto aconteceu em Portugal também. O vison bom era o vison morto. Na Dinamarca houve um volte face e a ministra caiu e fizeram-se eleições. https://www.publico.pt/2022/10/09/p3/noticia/abate-visons-provocou-crise-politica-dinamarca-2023161
A verdade deste crime público, e desta carnificina, não teve eco neste Portugal de jornalismo insano. Por sorte não descobriram que o vírus existia nas mucosas da população de mais de 85 anos. Por sorte não foi descoberto nos gatos urbanos.
Como sempre, as consequências deste erro, mais um do tempo da “evidência cientifica” covid, em Portugal, não teve nem interpretações, nem críticas, nem manifestos de pesar. Ninguém aprendeu com este exemplo da perpetração criminosa que imana do medo insuflado.
Artigos que nos envergonham como humanos, por falta de lucidez e de insensibilidade, escreveram-se no “New York Times”, no “The Guardian”, na “National Geographic”, no “Público”, entre tantos outros. Após 2022 foi um tema desaparecido. Ninguém quer pegar na avaliação das decisões comprometedoras, no leque de estupidez humana infinita com que a pandemia nos brindou. Mas temos de chafurdar, temos de regressar ao estrume, para não repetir.

Sobre o autor

Diogo Cabrita

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