Gestão perdulária surge quando há stocks que se vendem com dificuldade, ou que são comprados sem critério e não se utilizam. Incompetência é colocar os que não usam o material e não conhecem as suas funções a fazer aquisições. Negligência perdulária é contratar os filhos dos amigos porque se pode encher o serviço de excedentários. Deitar dinheiro à rua é fazer obras sem consultar a legislação específica para a função. Desmedido é adquirir sem fazer contas à necessidade. Má gestão é comprar o que não se consegue manter, aquilo que carece de atualizações e depois as não têm. Deve haver cursos de gestão e pode fazer-se um estágio com uma boa dona de casa que educou mais de três filhos sem ficar com a conta a descoberto.
Vem tudo isto a propósito de vários factos recentes que demonstram a insanidade do sistema privado, para quem como eu tem lutado pelo público, e mantido a sua crítica mordaz nessas instituições. Afinal o erro é uma escolha de pessoas erradas que se perpetua. Vejamos a avaliação do Tribunal de Contas ao Novo Banco – uma tragédia de erros e de insensatez. Ramalho parece muito mais fraco que a minha mãe. Outro exemplo são os clubes de futebol: o número de jogadores do Sporting à espera de saída, porque não são úteis ao plantel, excede os dez, e os do Benfica vão para lá de doze. Mas quem faz estas compras? Quem “imperde” (liability?) deste modo em vez de investir (asset?)? Quem escolhe os futebolistas é da natação ou do judo? Quem escolhe os nadadores é do basquete? Estas instituições envergonham qualquer dona de casa. Dívidas, stocks, empregados sem funções, excedente de pessoal e de instalações. Tudo o que a mãe de três crianças explicaria com facilidade – menos! isso não! cuidado! vai com calma!
Reduzir, Planificar, Ponderar são coisas que não se ensinam nessas faculdades de gestão para o lucro e a obesidade. Imperder é uma filha do “subprime”, das criptomoedas, das ações de empresas flácidas, da instabilidade emocional de um Elon Musk, dos empurrar com a barriga.
Imperder
” Negligência perdulária é contratar os filhos dos amigos porque se pode encher o serviço de excedentários. Deitar dinheiro à rua é fazer obras sem consultar a legislação específica para a função.”