Iatrogenia

Escrito por Diogo Cabrita

“As doenças psiquiátricas brotando do isolamento e do medo serão incontornáveis e acarretarão ansiedade, pânicos, fobias sociais e, inevitavelmente, o aumento de insucesso e suicídio.”

As lesões desenvolvidas pelo tratamento são denominadas iatrogénicas, ou seja, são provocadas pelos agentes de saúde (médicos, quiropráticos, acupunctores, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas…) e podem conduzir à morte e por essa razão devem ser monitorizadas.
Em 1999, um artigo de revisão da JAMA calculava em 10% o número de admissões aos cuidados intensivos provocados por efeitos de fármacos (reações adversas, efeitos secundários), atos médicos com desfecho indesejado (opção incorreta, complicação de gesto terapêutico) ou cirurgias mal sucedidas (previsíveis por medidas normalizadas e erro médico). O artigo, que podem consultar file:///C:/Users/kiosk/Downloads/ioi71179.pdf livremente, escreveu-se quando a liberdade de opinião estava vigente, quando os gestores de opinião não criavam aplicações para boicotar o contraditório, quando a rede social em construção nem imaginava ter censura e limitação de conteúdos.
Uma iatrogenia ocorre sempre que surge um efeito deletério de um tratamento ou de uma ação diagnóstica independentemente da condição do doente ou do regime instituído https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4923397/ e é quase impossível não existir. O erro zero é uma utopia médica e um sonho de todos os agentes que interferem em saúde, desde a magia, aos estudiosos das constelações familiares, passando pela tecnologia mais avançada, pela gastroenterologia revolucionária e a laparoscopia mais assombrosa. Sempre que seguimos um conselho médico e entramos num tratamento pode acontecer um revés.
Agora vejam as medidas tomadas para conter a pandemia dos 1,5 milhões de sobreviventes e dos 19 mil mortos em Portugal. A defesa imune natural das crianças mascaradas ficou comprometida na fase em que o seu timo mais trabalha produzindo memória celular. Dois anos perdidos terão consequências. As doenças psiquiátricas brotando do isolamento e do medo serão incontornáveis e acarretarão ansiedade, pânicos, fobias sociais e, inevitavelmente, o aumento de insucesso e suicídio. A conversão em presídio de inúmeros lares e cuidados continuados é uma demência silenciada pela DGS e tida por normal aos assustados que acham que prender os seus idosos é um caminho salvífico. A introdução de medidas “protetoras da consciência dos que mandam”, por exemplo nas cadeias, já aumentou o suicídio de jovens.
A iatrogenia está também ligada aos fármacos usados pelos que temem a pandemia, mas recusam a vacina (ivermectina, hidroxicloroquina, Vitamina D) e está associada às diversas vacinas em uso pelo Ministério da Saúde. A iatrogenia surge quando ventilamos doentes e os sobre-infetamos com bactérias hospitalares. Tudo o que fazemos tem sempre uma consequência indesejada, improvável, mas possível. Mais de 30% dos doentes de hoje sofrem de iatrogenias da quimioterapia, da radioterapia, da utilização indiscriminada de alimentos cheios de adjuvantes, corantes e hormonas, da toma de medicamentos para causar rejuvenescimento, da procura de terapêuticas para impedir a evidência da idade. Poderia terminar com o típico “estamos loucos”, mas não – este é o caminho do futuro quer se goste ou não. A pessoa mercadoria quer, exige e sujeita-se – por vezes perde!

Sobre o autor

Diogo Cabrita

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