O Natal já lá vai e daqui a poucos dias vem 2019. Tempo de nos prepararmos para data tão especial. Tempo para refletir tudo o que aconteceu em 2018 e, talvez na reflexão, conseguirmos planear o futuro que está apenas a cinco dias. Tempo de rever prioridades. De quebrar barreiras e, se o sol está em Capricórnio, os astros dizem-nos que o signo é de compromisso de forma a concretizar possíveis projetos. Tempo este para pensar naquilo que mais desejamos.
Vêm aí as eleições de 26 de maio para o Parlamento Europeu e logo depois, em início de outubro, as legislativas, desejando que os atores/intervenientes políticos prometam menos e surpreendam mais.
Que a transparência fique definitivamente na ordem do dia. Que sonhemos o infinito e, quiçá, mais além. Que o investimento público na saúde, educação, cultura seja uma realidade. Que o nosso interior não seja esquecido e hostilizado. Que a imprensa não tenha medo de arriscar ao criar confiança com o público, colocando o leitor à prova, fazendo questão de o surpreender. Que o jornalismo seja o verdadeiro “watchdog” da sociedade e troque, em definitivo, o acessório pelo essencial e relevante.
Caríssimo leitor: antes de terminar esta crónica e desejar-lhe um ótimo 2019, permita-me que termine assim:
Dos 30 estados membros da OCDE somos aquele que regista ainda a maior taxa de abandono escolar. Somos o país com maior percentagem de pobres da Europa. As fortunas aumentaram significativamente contrabalançando com o salário mínimo e reforma mínima dos mais mínimos da Europa. Pagamos os combustíveis mais caros. Temos a maior percentagem de analfabetos. A diabetes mantém a dianteira 9,7 contra os 6,5 na UE. A tuberculose idem aspas aspas, 34 casos por 100.000 habitantes. Maior percentagem de sida entre a população toxicodependente. 29% dos jovens fumam contra 27% na Europa. A cannabis regista 8% de consumo em Portugal, 6% de média nos outros países europeus. No álcool levamos a dianteira, sendo o nosso país o maior consumidor de água. Continuamos percentualmente a ser primeiros no suicídio e finalmente, segundos dados da OCDE, somos o povo europeu que menos contentes estamos com a vida.
E depois disto que poderemos desejar!!!
Einstein dizia: «O mundo é um lugar perigoso não apenas devido àqueles que praticam o mal, mas sim devido àqueles que observam, sabem e nada fazem».
Votos sinceros de um grande 2019.