Dia para prender as medíocres palavras soltas e deixar sair todas as outras que estão presas.
Com a oposição de alguns perversos oportunistas, que perderam completa vergonha, assumindo o ódio que têm à Liberdade e Democracia, visivelmente alimentado por insanidade mental e capeado por alguma imprensa que lhes dá guarida, o 25 de Abril cumpriu-se, tentando perceber como é que este Estado laico se permite ter, apenas e tão só, uma crença representada quando se sabe que todas elas não constam do protocolo do Estado.
Estas espúrias mentalidades orwellianas, onde alguns porcos pensam triunfar, contam também com a presença de certos e determinados principezinhos que, de forma tranquila e cândida, (tal qual como na história de Saint-Exupéry) vão cuidando do vulcãozinho e do seu pequenino jardim contando histórias dos morros de ventos uivantes, trazendo para a ribalta algumas personagens do monte onde semeiam vendavais.
Nesse pequeno mundo onde Tomás de Torquemada sentencia, sem dó nem piedade, o infeliz que não consegue (ou não lhe deixam) fazer prova da fidelidade aos conceitos sefarditas, condenado ao fogo eterno, acusado de blasfemo, traidor, a que se soma, hoje em dia, o epíteto concorrente, numa lírica ao estilo de Ivan Karamazov, a verdade fica refém do mediatismo de quem se julga dono, senhor e rei.
Esta mentalidade inquisitória de Santo Ofício continua e continuará a atribuir todo o mérito ao alvo escolhido, que é efetivamente a vítima, e a vergonha recai no inquisidor que a queima.
“Verdade ou mentira” é um filme que me faltava ver. Vi-o no confinamento do lar no último fim-de-semana. A história, bem relatada por Buzz Bissinger, o jornalista Stephen Glass, da prestigiada revista norte americana “New Republic Magazine”, cai em desgraça ao descobrir-se que mais de metade das suas histórias foram inventadas.
Assim, num processo onde não vale tudo, verifica-se que o mais terrível da comunicação é o inconsciente da comunicação, a excelência cartesiana faz sentido mesmo quando mediada pela polissemia de vários ângulos e perspetivas (até políticas), neste conceito de interpretação que nos leva a distinguir a essência da ilusão.
Mal vai o nosso mundinho quando traz ao de cima invejas desnecessárias, pois a atividade obriga a um exercício permanente de mobilização intelectual, num universo de lógicas, onde o fator comum, aliado à ética, à entrega, à verdade e verticalidade determina a exata noção de rigor e conduz-nos sempre ao nobre conceito da Liberdade.
Acredito que só assim acabaremos por prender as tais palavras soltas, facilmente identificáveis, no plano e na ação, libertando as outras, as palavras presas. Sem amarras. Para que a informação seja transmitida neste site: www.digaoquelhevainaalmacomverdadesemsubterfúgioscalculismosouminvejas.come.