É considerado o “pai da hereditariedade” por ter descoberto, graças ao seu trabalho sobre a espécie Pisum sativum, quais os mecanismos da hereditariedade nos indivíduos de uma espécie.
Gregor Mendel foi um monge católico da Ordem de Santo Agostinho, nascido da cidade de Heinzendorf (Áustria), na altura parte do Império Austro-Húngaro e atual República Checa. Depois de ser ordenado sacerdote, mudou o nome para padre Gregório, como é conhecido mais popularmente. Na sua formação científica devemos contar os três anos de estudos da Matemática, Física e Ciências Naturais que realizou na Universidade de Viena, o que fez com que tivesse a possibilidade de realizar experiências que culminaram na enunciação das leis da hereditariedade. Mendel realizou os seus trabalhos de investigação na abadia de São Tomás, onde exerceu o sacerdócio. Entrou como frade agostiniano em 1843, no convento dos agostinianos de Brno, e foi ordenado sacerdote em 1847.
Em 1865, Mendel apresentou os seus trabalhos à Sociedade de História Natural de Brno. Um ano mais tarde foram publicados sob o título “Experiências sobre Hibridação de Plantas”. Mas os seus resultados foram ignorados por completo e passaram mais de 30 anos até que fossem reconhecidos pela comunidade científica.
Um dos cientistas que tirou o trabalho de Mendel da sombra foi Hugo De Vries. Por volta de 1896, este botânico holandês chegava às mesmas conclusões que Mendel sobre o comportamento dos caracteres dominantes e recessivos, embora alguns digam que na realidade De Vries não compreendeu a magnitude das suas descobertas até que as comparou com o texto publicado 30 anos antes.
O caracter dominante e recessivo de um gene refere-se à possibilidade de este determinar uma característica específica interna (genótipo) ou externa (fenótipo) de um indivíduo. Os genes são responsáveis por determinar muitas das nossas características físicas externas, assim como as condições da saúde de cada indivíduo.
Ainda que na primeira publicação do seu trabalho De Vries lhe tenha tirado todo o mérito, mais tarde reconheceria que Mendel se teria adiantado. O interesse de Gregor Mendel pela investigação científica manteve-se intacto ao longo de toda a sua vida. De tal maneira que continuou a trabalhar na criação e cruzamento de abelhas com o objetivo de reforçar as suas teses e alargar as suas hipóteses.
No entanto, e apesar dos seus esforços, com esta atividade não conseguiu resultados da mesma importância da que havia conseguido mediante as suas experiências com as plantas de ervilhas. A isto devemos acrescentar que, nos últimos anos, teve de deixar os estudos para segundo plano, pois em 1868 foi escolhido como abade do seu mosteiro, uma nomeação que exigiu a maior parte do seu tempo e das suas energias. Faleceu em Brno a 6 de janeiro de 1884.